Processo seletivo 2018

Parabéns aos Bolsistas Escola de Verão 2018
Carolina Eva Padilha, Luiza Elias Coutinho, Maria Vitória Valoto e Gean de Oliveira da Silva

Carolina Eva Padilha, São Paulo – SP

Tem 18 anos, estudou no Colégio Dante Alighieri onde em 2014 começou um projeto de iniciação cientifica. “Comecei a fazer ciência por uma ansiedade de aprender mais. Eu queria entender como e por que as coisas aconteciam. Iniciei meu projeto de pesquisa almejando entender como as doenças afetavam as células, pesquisando sobre alterações celulares encontrei meu objeto de estudo: a mitocôndria. Fiquei fascinada por sua importância e como disfunções nessas organelas podem resultar em diversas doenças.”

Durante o ensino médio, trabalhando em um laboratório no Instituto de Biociências da USP, estudou o processo neurodegenerativo na doença de Parkinson e como a prática de atividade física em um modelo de ratos afeta a dispersão mitocondrial alterada no curso da doença. “A experiência dentro do laboratório, onde vivi decepções quando os experimentos falhavam e alegria quando eles finalmente davam certo, fez eu me apaixonar pela ciência. Tentando compreender meus resultados descobri uma nova forma de aprender. No Instituto Weizmann espero conhecer novas perspectivas para fazer ciência e entrar em contato com outras pessoas apaixonadas por ciência e aprender com elas”.

Luiza Elias Coutinho, Belo Horizonte – MG

Tem 18 anos e cursa biologia na Universidade Federal de Minas Gerais.

“Desde bem pequena eu queria ser cientista, porque sou muito curiosa e criativa. Com minhas experiências em laboratórios, percebi que ser cientista também exige paciência, persistência e paixão pelo trabalho. Eu aprendi muito ao longo dos últimos anos, mas espero que isso seja só o começo de uma caminhada de descobertas.”

Em 2015, ganhou uma bolsa de Iniciação Científica Júnior no Núcleo de Neurociências da UFMG e participou de um projeto com foco na avaliação de mudanças no comportamento motor de larvas de zebra fish. Em 2016, trabalhou no Laboratório de Pesquisa em Virologia Animal da Escola de Veterinária da UFMG e seu projeto teve por finalidade a detecção e identificação do vírus da Língua Azul (BTV) em insetos (Culicoides) coletados no estado de Minas Gerais. Em 2017, foi selecionada para um curso de três semanas na Universidade de Stanford sobre Biotecnologia e participou de experimentos com nano-biomateriais.

“Minhas expectativas para a Escola de Verão do Weizmann são as melhores possíveis. Estou muito animada para aprender mais e conhecer pessoas que também amam o que fazem pela ciência!”

Gean de Oliveira da Silva, Araponga – PR

Tem 17 anos e, desde criança, sempre admirou o trabalho de cientistas. Sendo estudante, sonhou em fazer algo que pudesse contribuir para o meio ambiente e a sociedade. No começo do ensino médio, perante um debate durante uma aula de biologia, formulou um projeto que pudesse impactar em uma das áreas favoritas dele, o meio ambiente. “Mesmo com dificuldades e enfrentando a falta de recursos, me empenhei para aprender mais sobre a metodologia científica e viabilizar o sonho de ter meu próprio projeto.”

Desde então, está desenvolvendo e aprimorando um material biodegradável, que leva em sua composição a fibra de bananeira, que é uma matéria-prima tratada como resíduo das plantações de banana. O intuito é aplicar o biopolímero formulado como uma alternativa sustentável em relação ao uso de plásticos convencionais, que causam transtornos para o meio ambiente.

“Enxergo a ciência como agente catalisador de transformações na sociedade e acredito veementemente que fazer ciência é algo que nos agrega valor de todas as formas, pois além de podermos ajudar na busca de soluções para problemas reais em nossa comunidade, estamos aptos a ganhar muita aprendizagem, fazer inúmeros novos amigos, conhecer pessoas incríveis, tornar sonhos realidade, crescer como pessoa e contribuir para a consolidação de um mundo cada vez melhor”.

Maria Vitória Valoto, Londrina – PR

Tem 17 anos, começou a fazer projetos de pesquisa com 12 anos e participou da primeira feira de ciências aos 14.

Seu projeto de ciências num estágio de pesquisa no laboratório de Ecologia Microbiana da Universidade Estadual de Londrina (UEL) foi a procura de uma alternativa para combate de um fungo oportunista que causa infecções vaginais, Cândida spp., contra o qual boa parte dos antifúngicos utilizados já não são mais eficientes. O projeto teve como objetivo o desenvolvimento de um tratamento alternativo, viável, eficiente, de fonte natural e de baixo custo. Testou diversas bactérias provenientes de fontes naturais como rios, árvores e frutas achando um composto proveniente de um pomar de laranjas com uma atividade 10 vezes mais efetiva do que os tratamentos convencionais.

Atualmente orienta projetos científicos e ajuda em aulas de laboratório no colégio onde estudou (Interativa). “Desde a minha primeira participação em uma feira de ciências comecei a me desafiar, a estabelecer metas e a sonhar com lugares em que eu poderia chegar. Um deles foi o programa de verão do Instituto Weizmann. A ciência me mostrou um mundo que eu nem sabia que existia, e quanto mais eu o conheço, mais eu quero viver nele.”