Quem já fez

Samuel Roizenblatt Davidovici

Samuel Roizenblatt Davidovici de São Paulo – SP 19 anos. Cursa terceiro ano de Engenharia de Produção na Escola Politécnica de Engenharia na Universidade de São Paulo (USP).

Desde o Ensino Fundamental, sempre teve um grande interesse pelas áreas de biológicas e exatas. Participar de diversas Olimpíadas Científicas, tanto nacionais quanto internacionais, o ajudou a descobrir quais ramos da ciência mais o atraíam, além de proporcionar experiências enriquecedoras e momentos inesquecíveis.

No Ensino Médio, desenvolveu um projeto de iniciação científica focado na dessalinização da água por Osmose Reversa, especificamente na melhoria da resistência de membranas semipermeáveis a desinfetantes clorados. Com essa pesquisa, teve a oportunidade de participar e ser premiado nas maiores feiras de ciências da América Latina. A experiência o motivou a procurar uma graduação que explorasse em profundidade química, física e matemática.

Ser aprovado no Programa de Verão do Instituto Weizmann é, para mim, uma honra e um privilégio. Ter a chance de conhecer e interagir com alguns dos maiores pesquisadores do mundo é a realização de um sonho. Além disso, poder trocar experiências com estudantes de diferentes países, compartilhar interesses comuns e criar novas amizades torna essa experiência ainda mais especial.

Francisco do Rego

Francisco do Rego, de Jundiaí – SP. 21 anos. Está cursando o 4º semestre de Ciências Moleculares na Universidade de São Paulo (USP).

Antes de entrar na área das ciências exatas e naturais, cursou três semestres do Bacharelado em Letras Português/Francês na USP. Em 2023, a curiosidade científica o fez optar pelo Curso de Ciências Moleculares Está cursando o 4º semestre de Ciências Moleculares na Universidade de São Paulo (USP).

Desde a infância, a literatura despertou em ele o fascínio pela investigação científica e pela dúvida metódica. De personagens como Melquíades, de Cem Anos de Solidão, e Sherlock Holmes, de Arthur Conan Doyle, aprendeu que a curiosidade e o desejo de compreender o mundo são essenciais para a construção do conhecimento. Esse impulso intelectual se traduziu em uma trajetória acadêmica pautada pela interdisciplinaridade.

No projeto de iniciação científica no Laboratório de Genética e Evolução de Abelhas da USP e no estágio na Universidade Federal do Pará, no qual trabalhou com micro-organismos amazônicos desenvolveu habilidades em biologia molecular e bioinformática.

A Escola de Verão do Instituto Weizmann representa, para mim, não apenas uma valiosa oportunidade acadêmica, mas também a chance de imergir em um ambiente de excelência científica, onde a colaboração internacional impulsiona descobertas inovadoras. Durante essa experiência, almejo aprimorar minhas habilidades técnicas, aprofundando meu conhecimento sobre bioinformática, genética e neurociências, mas também espero interagir com pesquisadores com diferentes formações e perspectivas

Gabrielle de Oliveira Rodrigues

Gabrielle de Oliveira Rodrigues, de Maranguape – CE. 20 anos. Está no primeiro semestre de Agronomia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Decidiu estudar no curso de agronomia a partir da experiência com projetos na área de ciências agrárias no Ensino Médio. Apaixonada por tópicos relacionados à agricultura familiar, soluções para o acesso a alimentação e a produção de alimentos com uma abordagem sustentável.

Ela via a pesquisa científica como algo distante da realidade dela. Mas tudo mudou quando no segundo ano do Ensino Médio um professor a convidou para participar de seu grupo de pesquisa.

Foi na escola de Ensino Médio Luiz Girão, uma instituição pública estadual localizada no distrito de Sapupara no município de Maranguape, Estado do Ceará que ela descobriu o problema do desperdício alimentar e passou a pesquisar por soluções para diminuir este problema. Aí surgiu a ideia de criar um conservante de alimentos saudável, sustentável e natural, com espécies nativas do semiárido nordestino.

Assim desenvolveu e alcançou resultados promissores com o Revestimento Comestível à base de Mandacaru e cera de Carnaúba (RCMC). Apresentou o  trabalho em diversas feiras de ciências, como a Mostra Científica do Cariri (MOCICA), a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) e a International Science and Engineering Fair (ISEF), nas quais conquistou mais de 10 premiações, incluindo primeiro lugar na FEBRACE, na categoria de Ciência Agrárias e o segundo lugar na ISEF 2024, na categoria Plant Sciences.

Pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido na escola e coorienta um projeto de manejo de cactáceas no semiárido nordestino.

Participar da Escola de Verão do Weizmann no início da faculdade é uma oportunidade única. Com essa experiência, eu acredito que vou ganhar um conhecimento significativo em tópicos de pesquisa distintos, contribuindo para a interdisciplinaridade que busco para a minha formação, além de cooperar e estabelecer conexões singulares com diversos jovens cientistas e professores do Instituto. Acredito que após a experiencia terei ideias valiosas que poderão ser aplicadas na minha vida acadêmica, e poderei dar mais um passo no meu grande desejo de impactar a vida de diversas pessoas no meu país por meio da pesquisa.

Carolina de Araújo Pereira da Silva

Carolina de Araújo Pereira da Silva, de São João do Meriti – RJ. 19 anos. Técnica em Biotecnologia pelo Instituto Federal de Ciência, Tecnologia e Educação do Rio de Janeiro (IFRJ).  Bolsa outorgada na Feira brasileira de Ciência e Engenharia (FEBRACE) 2025.

Desde o ensino fundamental, biologia e química sempre foram as disciplinas favoritas dela. E com o incentivo dos professores, começou a se aventurar em olimpíadas de química, biologia, física, astronomia e matemática.A Baixada Fluminense é associada a coisas negativas, e muitos não enxergam o enorme potencial de seus moradores. No entanto, mesmo diante das limitações, foi justamente em São João de Meriti que cresci cercada por pessoas resilientes, humildes e trabalhadoras, que me inspiraram a valorizar a educação e a lutar pelos meus objetivos

No entanto, reconhece que a paixão pela ciência surgiu ao ver de perto o impacto do câncer na família. Acompanhar a mãe no hospital a levou a questionar como, apesar de tantos avanços científicos, ainda faltavam terapias menos agressivas. “Assim, foi quando enxerguei a pesquisa científica como um refúgio para minhas perguntas e como uma possibilidade para investigar terapias que poderiam ser aplicadas no futuro para amenizar o sofrimento de pacientes como aqueles que vi naquela ala de quimioterapia que minha mãe frequentava.”

Ainda no ensino médio, foi aprovada no Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) para fazer o curso técnico em Biotecnologia integrado ao ensino médio e, decidida a se envolver em pesquisa, procurou uma professora que trabalha com biologia do câncer. Teve o seu projeto premiado várias vezes várias feiras científicas, como FECTI, Mostratec, Febrace e ISEF. Agora pretende cursar Farmácia para me dedicar ao desenvolvimento de novas terapias.

“Estou muito animada com a possibilidade de colaborar com jovens cientistas de diferentes partes do mundo, trocando perspectivas diferentes sobre nossos projetos e contribuindo com tudo que eu puder, até porque ninguém faz ciência sozinho. Além disso, mal posso esperar para ter acesso à infraestrutura de ponta do Instituto Weizmann e para aprender com profissionais de referência em suas áreas, como a professora Ada Yonath, ganhadora de um Prêmio Nobel de Química. Tenho certeza de que essa oportunidade vai me moldar como pessoa e como profissional, permitindo-me contribuir para a ciência de forma mais significativa no futuro.

 

 

 

Gean de Oliveira da Silva

Bolsistas 2018 – Gean de Oliveira da Silva

De Araponga – PR, no começo do ensino médio, perante um debate durante uma aula de
biologia, formulou um projeto que pudesse impactar em uma das áreas favoritas dele, o meio ambiente.

Está desenvolvendo e aprimorando um material biodegradável, que leva em sua composição a fibra de bananeira, que é uma matéria-prima tratada como resíduo das plantações de banana. O intuito é aplicar o biopolímero formulado como uma alternativa sustentável em relação ao uso de plásticos convencionais, que causam transtornos para o meio ambiente.

“Essa foi a melhor oportunidade que já tive na minha vida. Foi muito impactante trabalhar em um laboratório com mentores e cientistas profissionais, conhecer a cultura local e os pontos turísticos de Israel, além de fazer amigos de todas as partes do mundo”

Luiza Elias Coutinho

Bolsista 2018 – Luiza Elias Coutinho

De Belo Horizonte – MG, cursa biologia na Universidade Federal de Minas Gerais.

Em 2015, ganhou uma bolsa de Iniciação Científica Júnior no Núcleo de Neurociências da UFMG e participou de um projeto com foco na avaliação de mudanças no comportamento motor de larvas de zebra fish. Em 2016, trabalhou no Laboratório de Pesquisa em Virologia Animal da Escola de Veterinária da UFMG e seu projeto teve por finalidade a detecção e identificação do vírus da Língua Azul (BTV) em insetos (Culicoides) coletados no estado de Minas Gerais.

Em 2017, foi selecionada para um curso de três semanas na Universidade de Stanford sobre Biotecnologia e participou de experimentos com nano-biomateriais.

“Eu tinha uma imagem muito errada de Israel e ela foi totalmente modificada durante essa vivência. Fiz amigos do mundo inteiro, pessoas altamente receptivas e com as mesmas metas científicas do que eu. Dentro dos laboratórios do Weizmann conheci um Instituto com tecnologia de  ponta e uma estrutura impecável.  Em Israel o investimento em educação, ciência e tecnologia é feito de uma forma muito certa e leva as pessoas a se
desenvolverem.

Daniel Burghart

Bolsista 2017

Engenharia da Computação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS)

Idealizou um sistema composto de um medidor portátil e wireless de consumo de energia elétrica, e um aplicativo para Smartphones que apresenta esses dados coletados em reais (R$). “Existe uma grande barreira entre as pessoas quererem economizar energia em casa, e as que efetivamente conseguem fazer essa economia, que é a desinformação em relação a quais equipamentos tem maior impacto na conta de luz”. “Reduzir o consumo de energia é bom para as pessoas, os governos e o meio ambiente”

Hoje Daniel tem 20 anos, está na faculdade, mas o fascínio pela tecnologia é algo de longa data. Formou-se como Técnico em Eletrônica na Fundação Liberato – escola de ensino médio-técnico no Rio Grande do Sul, onde desde cedo os alunos são incentivados à pesquisa – e agora cursa Engenharia da Computação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Espero num futuro não tão distante, ter um impacto positivo nas vidas do maior número de pessoas possível – fazer algo bom para o mundo. E, a essa altura, já não tenho dúvidas de que a ciência pode, e é, o instrumento a ser usado nessa busca”.

Luiz Fernando da Silva Borges

Bolsista 2017

Curso Técnico Integrado em Informática no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul

Foi laureado com mais de 50 prêmios em feiras de ciências e engenharia nacionais e internacionais.

Luiz Fernando foi o primeiro e único brasileiro a receber os prêmios de primeiro lugar e melhor da categoria, em Engenharia Biomédica, na maior feira de ciências e engenharia do mundo: a Intel International Science and Engineering Fair (Intel ISEF).  Além disso, recebeu também o prêmio concedido pelo MIT Lincoln Laboratory, por meio do programa Ceres Connection, tendo seu nome submetido para a International Astronomical Union (IAU), para ter um asteroide próximo do Planeta Terra batizado com seu nome.

Este ano pretende iniciar o processo de candidatura para universidades dos EUA, para estudar engenharia biomédica e neurociência focando o seu interesse nas interfaces cérebro-máquina e cérebro-cérebro aplicado à reabilitação humana e compartilhamento de memórias.

Membro do Núcleo de Atividades em Altas Habilidades/Superdotação de Campo Grande – MS e da Sociedade Brasileira de Computação, nos últimos 3 anos vem desenvolvendo pesquisas e tecnologias na área de Engenharia Biomédica com: modelagem estatística de processos termodinâmicos para amplificação de DNA; próteses robóticas de membro superior com feedback tátil; dispositivos de monitoramento do sono para a regulação do ciclo circadiano e interfaces cérebro-máquina de loop fechado embarcadas em sistemas de processamento distribuído para a comunicação com pessoas inicialmente classificadas em estado vegetativo ou coma.

Vinicius Muller Silveira

Bolsista 2017

Engenharia da Computação na Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

Desenvolveu um sistema eletrônico que, acoplado à máquina semeadora, gera mapas que indicam ao agricultor quais zonas estão afetando sua produtividade

“ Quando eu era criança, meus pais não gostavam que eu estragasse brinquedos e eletrônicos desmontando-os, mas a satisfação de ter entendido aquele mecanismo e como ele funcionava fazia valer a pena”. Foi ao entrar no Curso Técnico de Eletrônica, na Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha, Rio Grande do Sul, que Vinicius percebeu que esse espírito se encaixava muito bem na metodologia científica e na pesquisa.

Com 18 anos, já no último ano de curso, definiu como objetivo desenvolver um projeto para resolver um problema real. “O Brasil é um país que possui uma carência muito grande por sistemas eletrônicos na área da agricultura. Com seu projeto, o agricultor pode identificar quais zonas estão afetando sua produtividade, para então, descompactá-las. O sistema também faz a medida do consumo de combustível do trator durante a plantação, resultando numa operação mais eficiente e ecológica. O sistema já foi validado.

“Durante todo o desenvolvimento desse e de outros projetos comecei a perceber o que é ser um cientista: Passar horas, dias e até semanas trabalhando persistentemente em algo, somente para atingir aquele objetivo que eu mesmo tinha estipulado”, diz Vinicius. No Instituto Weizmann, além de um lugar repleto de diferentes culturas, ele espera encontrar cientistas que tenham amor pela pesquisa”.

Eric Grosman Radu Halpern

Bolsista de 2016

Estuda Computer Engineering na Northeastern University.

Desde que cheguei no Weizmann me surpreendi com os diferentes
campos de pesquisa existentes. Meu tema, sistemas complexos do
transporte cooperativo das formigas, no departamento de física, me
surpreendeu muito, tanto pelo fator inovador quanto pela complexidade
por trás de tais sistemas.
O que mais me chamou atenção foi a interdisciplinaridade doprojeto, um trabalho que mistura muitos conceitos da biologia e da fisica, buscando sempre descobrir e entender a natureza, não só nos campos de pesquisa já existentes, mas também criando novas áreas.
Interesse pela ciência:
“Minha vida científica teve início junto com meus anos de ensino médio em 2013. No início do colegial havia na minha escola um projeto que consistia na realização de um trabalho cientifico entre o primeiro e segundo ano. Com pai médico, sempre escutei em casa que essa era década da psiquiatria, que com o avanço da genética a concepção e o tratamento dos transtornos psiquiátricos estava mudando muito rapidamente e muito estava sendo descoberto.

Assim, me interessei muito por uma palestra sobre o papel da genética nas doenças com foco nos transtornos psiquiátricos. Conversei com a palestrante que, um mês mais tarde, virou minha orientadora.

O caminho para escolha do tema foi mais longo. Demorei um pouco para me aprofundar no tema e mais do que isso para escolher exatamente o que fazer. Conforme me aprofundava no assunto e assim pensava, junto com minha orientadora em possibilidades de estudos, percebi que não tinha interesse algum em fazer trabalhos em laboratório. Fiquei inicialmente confuso, principalmente porque na minha concepção não existia outra maneira de estudar Psiquiatria. Foi ai que conheci e me apaixonei por programas de bioinformática e biologia de sistemas, áreas que permitem analisar a biologia a partir de uma lógica de sistemas usando muita matemática e estatística. Eu vi nessa área a oportunidade de estudar o assunto que gosto da maneira que gosto. Vi também a
possibilidade de a partir de uma lógica matemática mostrar e descobrir novos fatores biológicos.

Com todo esse processo, trabalhei e aprendi muito sobre uma área especifica. Tive a oportunidade de descobrir mais e colaborar para uma melhor compreensão do TOC. Muito mais importante do que tudo isso me apaixonei por pesquisar. Hoje ciência é o foco da
minha vida. Se por um lado ainda não tenho certeza do que quero estudar na graduação, é certo que ciência tem que fazer parte de forma prioritária disso”.