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João Pedro Torres

Conheça João Pedro, bolsista da Escola de Verão do Weizmann 2020

João Pedro Torres, 18 anos, São Paulo – SP

Estudou no colégio Etapa. Atualmente estuda na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Começou a gostar de ciências por meio de olimpíadas científicas. Ainda no ensino fundamental conheceu as olimpíadas de matemática e física e percebeu que tinha uma forte vontade de se aprofundar nas disciplinas de ciências da natureza. Participou da Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB) e ao visitar o Instituto Butantan e conhecer os pesquisadores que organizam a olimpíada foi – segundo ele- que nasceu a paixão pelo estudo das ciências biológicas. Participou também da Olimpíada de Neurociências (Brain Bee), promovida pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Durante o segundo ano do ensino médio foi selecionado para representar o Brasil na Olimpíada Ibero-Americana de Biologia e no terceiro ano na Olimpíada Internacional de Biologia.

“Desejei participar do ISSI para ter a oportunidade de aprender com pesquisadores do Instituto Weizmann e fazer amizades com outros participantes apaixonadas por ciência. Pelo prestígio do instituto e pelo que ouvi de alumni, imagino que seus cientistas sejam incríveis, muito dedicados e motivados a ensinar jovens que desejam ser pesquisadores.” – disse dias antes de começar o ISSI 2020 (virtual).

Júlia Oscar Destro

Conheça Júlia, bolsista da Escola de Verão do Weizmann 2020

Júlia Oscar Destro, 18 anos, Osório – RS

Recém-formada no Curso Técnico de Administração integrado ao ensino médio no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, IFRS – Campus Osório, está no gap year, fazendo cursinho e se preparando para os vestibulares.

Quando criança, sonhava em construir um foguete para alcançar a lua. Na escola primária desenvolveu quatro projetos para as feiras de ciências anuais. “O mais incrível” – segundo ela – é que cada um focalizou uma área diferente do conhecimento. Começou estudando o sistema solar (física/astronomia), passou para pesquisa com visão e ilusão de ótica (biologia), verificou a qualidade da água fornecida ao consumo doméstico (química) e finalizou com uma abordagem das máquinas simples do cotidiano (matemática/física).

No ensino médio, sob orientação especializada dos professores desenvolveu duas pesquisas inéditas sobre a qualidade microbiológica das areias de praia e a produção da EcoBoard, um painel ecológico usando resíduos agroindustriais (casca de arroz e sabugo de milho) colados com resinas vegetais.

“Imagina os cientistas do Weizmann como pessoas incríveis que enfrentam desafios e ultrapassam barreiras diariamente para produzir conhecimentos que marcam o mundo e as pessoas. O trabalho voltado à pesquisa básica é louvável, pois fundamenta e incentiva outros a melhor pesquisar.” ‘ disse dias antes de começar a ‘“Weizmann Experience” 2020.

Câncer: Uma nova abordagem para personalizar a terapia oncológica

 Câncer: Uma nova abordagem para personalizar a terapia oncológica

Escolher a droga certa para cada paciente com câncer é a chave para o tratamento bem-sucedido. Pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências, em colaboração com cientistas do MIT e Universidade de Harvard desenvolveram um novo método para selecionar a melhor terapia medicamentosa para um determinado tumor. Ele se baseia na atribuição de pontuações às mensagens que são enviadas dentro das células. O estudo foi publicado na Nature Communications.

O grande avanço dos cientistas foi focar o interesse nas cadeias de sinais bioquímicos que transmitem mensagens celulares cruciais, por exemplo, se uma célula deve se dividir ou crescer, ou de que forma seu metabolismo deve ser alterado. Em cada caminho, intervém inúmeros genes e para descobrir a atividade das cadeias que transmitem cada mensagem, são necessários métodos sofisticados de pesquisa. O estudo propõe que estas vias de sinalização sejam usadas como marcadores biológicos prognóstico na medicina personalizada, ajudando os médicos a dizer com antecedência quais pacientes responderão melhor a qual medicamento.

Identificar o calcanhar de Aquiles dos tumores, permitirá desenvolver novos medicamentos.  Os pesquisadores já o tinham usado para propor um caminho que poderia oferecer o tratamento eficaz para cânceres de mama com uma mutação BRCA.

Para desenvolver esta abordagem na base da grande quantidade de dados sobre o câncer que se tornaram disponíveis nos últimos anos, o laboratório liderado pelo Dr. Ravid Straussman do Departamento de Biologia Celular Molecular do Weizmann, uniu forças com o laboratório do Prof. Gad Getz, do Broad Institute em Cambridge, Massachusetts, EUA.

 
Saiba mais: A New Approach to Tailoring Cancer Therapy: Tapping into Signaling Activities in Cancer Cells

 

Selecionados para a Escola de Verão 2020 participarão da ‘Weizmann Experience”


 Selecionados para a Escola de Verão 2020 participarão da “Weizmann Experience”

 

O Dr. Bessie Lawrence International Summer Science Institute (ISSI) é um programa  único para estudantes talentosos que estão prestes a começar sua carreira universitária. Cerca de 80 estudantes do mundo todo passam um mês trabalhando como parte de uma equipe de pesquisa, ao lado de cientistas do Instituto Weizmann de Ciências.

Neste ano, Enzo K. Ebert de Rio Claro (SP), João Pedro Silva Torres de São Paulo (SP) Gabriella Santana de Mesquita (RJ) Lúcio Lourenço de Freitas Neto, de Belo Horizonte (MG) e Júlia O. Destro de Osório (RS) foram selecionados entre centenas de estudantes para representarem o Brasil no programa, contudo, diante da pandemia do novo coronavírus, a edição de 2020 foi cancelada, fato inédito em 52 anos.

Apesar do cancelamento presencial do curso, para dar aos selecionados a oportunidade de conhecer melhor o Instituto Weizmann de Ciências, seus pilares, seus cientistas e, também, de participarem de um projeto de pesquisa e criarem laços com estudantes e cientistas dos outros países, duas iniciativas foram lançadas!

Seminários online: os estudantes escolhidos do Brasil, Reino Unido, Canadá, EUA e Suíça são convidados a participar de uma série virtual de 5 seminários com início no domingo, 19 de julho, com uma sessão introdutória liderada pelo presidente do Instituto Weizmann de Ciências, Prof. Alon Chen.

Para facilitar a interação entre os alunos de tantos países, estão previstas também sessões de breakout virtual.

Mentoria virtual: além dos seminários online, os alunos em duplas, farão um projeto de pesquisa de livre escolha, durante três semanas. Mais de 50 ex-alunos do programa do Reino Unido, EUA, Austrália, Europa e América do Sul se ofereceram para atuar como mentores dos alunos deste ano.  Seis alumni brasileiros da Escola de Verão, entre eles a renomada Prof.  Alicia Kowaltowski, se ofereceram como mentores.

O ISSI 2020 se tornou virtual, mas a necessidade de impulsionamento da ciência e de nossos jovens nunca foi tão real. Bem-vindos estudantes ISSI 2020 ao Instituto Weizmann de Ciências!

Terceiro Tour Virtual no campus

Terceiro Tour Virtual no campus

No terceiro episódio de “Uma janela para o Campus” faça um tour virtual pelo Instituto Weizmann de Ciências, conheça os pesquisadores e descubra alguns de seus laboratórios mais escondidos. A série de vídeos destaca diferentes aspectos do Instituto, incluindo seus prédios históricos, laboratórios de última geração, arte, pessoas e muito mais.

 

Desafiando as leis da evolução

 Desafiando as leis da evolução

A evolução é contínua e implacável. Darwin propôs que este processo surpreendente é regido por uma regra simples: seleção de indivíduos suficientemente aptos, sofrem mudanças passando-as para a prole. Mas algumas das descobertas científicas dos últimos anos tendem a complicar esse quadro simples. Entre outros aspectos cada animal e planta não é um indivíduo simples, mas um hospedeiro, coabitando com uma variedade de microrganismos que vivem pouco tempo. Isso levanta a questão: Como conciliar a lenta evolução dos anfitriões com a evolução muito mais rápida de seus microrganismos?

O Prof. Yoav Soen do Instituto Weizmann de Ciências e seus colegas da Universidade Bar-Ilan, criaram um modelo dessa evolução entrelaçada. Os possíveis desfechos evolutivos incluem cenários que vão contra algumas das crenças mais frequentes.

Saiba mais (em inglês): Evolution within

Nobel de química alerta para um dos mais graves problemas da medicina moderna

 Nobel de química alerta para um dos mais graves problemas da medicina moderna

Em seminário on-line promovido pela Aciesp, a cientista do Instituto Weizmann de Ciências e Nobel de Química, Ada Yonath, conta como o estudo do ribossomo – a fábrica de proteínas das células – pode ajudar a combater a resistência bacteriana a antibióticos. Segundo Ada, esse é um dos problemas mais graves da medicina moderna. Afirma ainda que, caso nada seja feito para mudar o rumo da medicina, deveremos em breve regredir à era pré-antibióticos, quando doenças causadas por parasitas e infecções como pneumonia eram quase impossíveis de serem tratadas. Leia na íntegra, a matéria da Karina Toledo para Agência FAPESP.

 

Leia mais: Nobel de química alerta para um dos mais graves problemas da medicina moderna

 

Cientistas do Weizmann resolvem o Enigma da construção do Arco de Wilson, sob o Monte do Templo de Jerusalém

 Cientistas do Weizmann resolvem o Enigma da construção do Arco de Wilson, sob o Monte do Templo de Jerusalém

A história da construção  de uma estrutura icônica nos túneis da Muralha Ocidental foi revelada pela análise de um punhado de sementes carbonizadas com uma tecnologia desenvolvida no Instituto Weizmann de Ciências. O arco fazia parte de uma ponte que levava os fiéis ao Monte do Templo e foi construído como parte da Muralha Ocidental do complexo há cerca de 2000 anos. Através deste projeto de investigação determinou-se que o arco, que apoiou um dos principais caminhos para o Segundo Templo, foi construído em duas fases distintas. Nos seus primeiros dias, durante o governo do Rei Herodes o Grande ou ligeiramente depois, quando a ponte tinha 7,5 metros de largura. Pouco tempo depois, no século I d.C., a largura da ponte foi duplicada. O tamanho e a obra do arco atestam a importância do Monte do Templo durante a época do Segundo Templo Judaico, quando milhares de pessoas teriam participado nas cerimônias.

O enigma do Arco de Wilson não poderia ter sido resolvido sem o uso da micro arqueologia

 

O enigma do Arco de Wilson não poderia ter sido resolvido sem o uso da micro arqueologia. A extrema precisão dos resultados do laboratório do Instituto Weizmann de Ciências permitiu resolver a questão e os cientistas acreditam que podem ajudar a resolver outros puzzles arqueológicos para os quais a datação por radiocarbono não tinha sido suficientemente precisa.”

A Prof. Elisabetta Boaretto e a Dra.Johanna Regev, da Unidade de Arqueologia Científica do Instituto Weizmann lideraram  a pesquisa cronológica. A escavação foi realizada pelo arqueólogos da Autoridade de Antiguidades de Israel e levada a cabo pela Western Wall Heritage Foundation como parte do desenvolvimento turístico do local.

Os investigadores do Weizmann utilizaram métodos de micro arqueologia para caracterizar os depósitos em camadas e, em seguida, determinar a ligação entre qualquer amostra que seja datada e o evento arqueológico a ser datado. A Profa. Boaretto explica que conduzir pesquisas arqueológicas sobre estruturas urbanas como o Arco de Wilson, e em particular determinar a sua idade, é muito mais complicado do que em quase qualquer outro cenário arqueológico. Num centro urbano que ainda é ocupado mais de 2000 anos depois, as estruturas podem ser usadas durante séculos, componentes podem ter sido reutilizados, partes da estrutura demolidas e reconstruídas. A datação absoluta das estruturas arquitetônicas, ao contrário da datação relativa baseada na cerâmica e nas moedas, é particularmente importante para se correlacionar com os textos existentes e com figuras históricas.

Um dos materiais-chave que o grupo procurava no Arco de Wilson eram restos da argamassa ou cimento usado entre as pedras. Este material foi produzido a altas temperaturas e foram adicionados agregados para adquirir propriedades desejadas; dessa maneira,  embutidas na argamassa podem-se encontrar sementes carbonizadas . O primeiro desafio foi determinar se o material carbonizado era efetivamente um constituinte da argamassa original, e o desafio seguinte era determinar se fazia parte da construção original ou uma reparação posterior.

As sementes encontradas sob as bases das grandes estruturas também podem ser datadas e as datas das sementes presumidas serem mais antigas do que a construção. No laboratório D-REAMS (Dangoor Research Accelerator Mass Spectrometer) do Instituto Weizmann de Ciências, Boaretto e a sua equipe analisaram os materiais carbonizados que retiraram do local de escavação, estudaram sua composição e cristalinidade e a partir daí, determinaram a sua idade.

De acordo com o Dr. Uziel, da Autoridade de Antiguidades de Israel, “esta datação abrangente dos micro-restos, forneceu uma solução inequívoca para um longo enigma arqueológico – o enigma da data do Arco de Wilson.”

A equipe também trabalhou em datar outra peça da história de Jerusalém, uma pequena estrutura semelhante a um teatro construída sob o Arco de Wilson. A datação por radiocarbono indica que a construção do teatro foi provavelmente iniciada pouco antes de uma data historicamente significativa – a Segunda Revolta Judaica em 132 a.C., muitas vezes conhecida como a revolta de Bar Kochva – e não mais tarde do que a morte de Adriano. O grupo datou 33 amostras de vários locais diferentes, abrangendo um período de mais de 1000 anos.


Leia mais: Solving the Riddle: When was Wilson’s Arch, under Jerusalem’s Temple Mount, Built?

Por que COVID-19 mata, ou não

 

Por que COVID-19 mata, ou não

O Prof. Ido Amit, do Instituto Weizmann de Ciências, determinou o que diferencia o progresso do COVID-19 em pacientes gravemente doentes em oposição àqueles que são apenas levemente afetados. Suas descobertas, publicadas na revista Cell, podem abrir caminho para tratamentos novos e personalizados que previnam ou reduzam significativamente o impacto da doença.

O Prof. Amit, do Departamento de Imunologia, estuda a genética que controla como as células do sistema imunológico se diferenciam em subtipos específicos, e como essas várias populações celulares respondem a patógenos invasores. Essa dinâmica complexa é central para a compreensão do COVID-19; pesquisas atuais indicam que muitas mortes por coronavírus resultam da ativação excessiva do sistema imunológico. Este fenômeno, chamado de “tempestade de citocina”, poderia conter a chave para prevenir os efeitos mortais do vírus.

O que acontece nos pulmões de um paciente grave

Para determinar o que acontece em pacientes coronavírus graves, o Prof. Amit usou uma tecnologia para análise genômica unicelular desenvolvida em seu laboratório. Projetada para digitalizar sistematicamente o RNA viral — as informações genéticas inseridas em uma célula hospedeira durante o processo de infecção — esta ferramenta permite um mapeamento global preciso dos genes e das vias de comunicação ativadas em células infectadas. Esses dados de mudança dinâmica podem ser rastreados ao longo do tempo, possibilitando comparar a atividade celular global à medida que se desenrola em indivíduos severamente e levemente afetados.

No laboratório do Prof. Amit descobriram que a infecção faz com que macrófagos — células que normalmente ajudam a livrar os pulmões de infecções, vírus e micróbios — sejam substituídos por células que, pelo contrário, estimulam a doença. Eles também descobriram que em pacientes graves, as células T do sistema imunológico são neutralizadas, permitindo assim que outros vírus já presentes no corpo inflijam danos.

Este estudo realizado em conjunto com colegas na China e na França, estabelece a nova metodologia, como uma ferramenta amplamente aplicável para estudar o mecanismo das infecções virais, algo que poderia levar a testes aprimorados e tratamentos personalizados mais eficazes. A abordagem está sendo ajustada na esperança de que em breve estará disponível para uso generalizado.

Saiba mais: Why COVID-19 kills, or doesn’t

Covid-19: O Quadro da Mente

 Covid-19: O Quadro da Mente

O Questionário de Sintomas do Novo Coronavírus foi criado de forma pioneira pelos Prof. Eran Segal e Prof. Benny Geiger do Instituto Weizmann de Ciências e já permitiu a identificação de áreas de disseminação rápida do vírus em Israel. Agora ele tem uma nova seção para incluir informações sobre sentimentos e “humor”. Faz parte de um extenso estudo do grupo do Prof. Alon Chen, no campo da pesquisa cerebral, que se concentra em processos envolvidos em estresse, ansiedade e depressão.

 

Saiba mais: Daily report