Carolina de Araújo Pereira da Silva

Carolina de Araújo Pereira da Silva, de São João do Meriti – RJ. 19 anos. Técnica em Biotecnologia pelo Instituto Federal de Ciência, Tecnologia e Educação do Rio de Janeiro (IFRJ).  Bolsa outorgada na Feira brasileira de Ciência e Engenharia (FEBRACE) 2025.

Desde o ensino fundamental, biologia e química sempre foram as disciplinas favoritas dela. E com o incentivo dos professores, começou a se aventurar em olimpíadas de química, biologia, física, astronomia e matemática.A Baixada Fluminense é associada a coisas negativas, e muitos não enxergam o enorme potencial de seus moradores. No entanto, mesmo diante das limitações, foi justamente em São João de Meriti que cresci cercada por pessoas resilientes, humildes e trabalhadoras, que me inspiraram a valorizar a educação e a lutar pelos meus objetivos

No entanto, reconhece que a paixão pela ciência surgiu ao ver de perto o impacto do câncer na família. Acompanhar a mãe no hospital a levou a questionar como, apesar de tantos avanços científicos, ainda faltavam terapias menos agressivas. “Assim, foi quando enxerguei a pesquisa científica como um refúgio para minhas perguntas e como uma possibilidade para investigar terapias que poderiam ser aplicadas no futuro para amenizar o sofrimento de pacientes como aqueles que vi naquela ala de quimioterapia que minha mãe frequentava.”

Ainda no ensino médio, foi aprovada no Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) para fazer o curso técnico em Biotecnologia integrado ao ensino médio e, decidida a se envolver em pesquisa, procurou uma professora que trabalha com biologia do câncer. Teve o seu projeto premiado várias vezes várias feiras científicas, como FECTI, Mostratec, Febrace e ISEF. Agora pretende cursar Farmácia para me dedicar ao desenvolvimento de novas terapias.

“Estou muito animada com a possibilidade de colaborar com jovens cientistas de diferentes partes do mundo, trocando perspectivas diferentes sobre nossos projetos e contribuindo com tudo que eu puder, até porque ninguém faz ciência sozinho. Além disso, mal posso esperar para ter acesso à infraestrutura de ponta do Instituto Weizmann e para aprender com profissionais de referência em suas áreas, como a professora Ada Yonath, ganhadora de um Prêmio Nobel de Química. Tenho certeza de que essa oportunidade vai me moldar como pessoa e como profissional, permitindo-me contribuir para a ciência de forma mais significativa no futuro.