Reunião em SP com alunos que ganharam bolsa para a Escola de verão 2018
Com a presença dos fundadores e da atual diretoria, o grupo de Amigos do Instituto Weizmann do Brasil foi recebido por Lucia Hauptman em um jantar especial para a apresentação dos quatro alunos brasileiros que ganharam a bolsa integral para participar do curso de verão do Instituto Weizmann de Ciências de Israel.
Gean de Oliveira da Silva, de Araponga, PR, Maria Vitória Valoto, de Londrina – PR, Carolina Eva Padilha, de São Paulo SP, e Luiza Elias Coutinho, de Belo Horizonte – MG, estão às vésperas de vivenciarem uma experiência de ciência e de vida única durante o mês de julho, quando participarão da Escola de Verão que acontece todos os anos no campus do Instituto Weizmann de Ciências (WIS), na cidade de Rehovot, juntamente com 80 estudantes do mundo todo.
Os bolsistas foram recepcionados pelo presidente, Mario Fleck que, dirigindo-se aos jovens e aos patrocinadores do programa, destacou a velocidade de progresso de Inteligência Artificial, Big Data e as expectativas das mudanças devidas ao desenvolvimento científico. “A maior preocupação do Weizmann é com o talento. Atrair os melhores cérebros é um grande desafio, pois Israel é um país muito competitivo. Por esse motivo prestam muita atenção a estes talentos em potencial, e as ideias dos jovens não ficam na gaveta”, destacou Fleck.
“O Brasil tem encaminhado alunos desde 1983 e muitos dos que passaram pelo Instituto tiveram suas vidas acadêmicas e profissionais positivamente influenciadas por esta experiência”, complementou o presidente dos Amigos do Instituto Weizmann do Brasil, destacando outros projetos nos quais os Amigos participam buscando construir um futuro melhor, na área do câncer especialmente, além de sua satisfação pessoal em participar da jornada científica, mesmo sem ser cientista.
A professora Regina P. Markus, vice-presidente do Grupo de Amigos do Weizmann Brasil, destacou como o Weizmann é único em gerir e gerar conhecimento e como este instituto de ciência básica é valorizado pela população leiga de Israel.
Regina também atualizou aos presentes sobre o incremento nas parcerias do Weizmann com centros acadêmicos e redes de financiamento do Brasil, destacando o sucesso da sua parceria com a equipe do Dr. Tsvee Lapidot. “Temos dois grupos estabelecidos para um projeto de longo prazo. Através do intercâmbio de indivíduos, juntamos diferentes habilidades e competências”.
Saiba como foi a apresentação dos alunos:
Gean, o mais novo dos bolsistas com apenas 17 anos, contou como foi premiado pela vaga conferida na FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia – POLI/USP), onde apresentou sua pesquisa de desenvolvimento de um material biodegradável, que leva em sua composição a fibra de bananeira como alternativa sustentável ao uso de plásticos convencionais.
Maria Vitória, de 18 anos, premiada na Mostratec, afirmou que já tinha seu objetivo traçado há tempos: “Fui à Mostratec para ganhar a bolsa do Weizmann”. Seu projeto de ciências buscou uma alternativa para combater um fungo oportunista que causa infecções vaginais, Cândida spp., contra o qual boa parte dos antifúngicos utilizados já não são mais eficientes. Após o Weizmann, seu próximo passo será estudar nos Estados Unidos.
Carolina estudou no Colégio Dante Alighieri, onde em 2014 começou um projeto de iniciação cientifica. “Estava na Mostratec em 2016 quando o prêmio do WIS foi anunciado. A partir de então, conversava com ex-bolsistas e me preparava para a seleção”. Ela tem 18 anos, e foi selecionada pela seleção geral, que contou com 354 candidatos para duas vagas.
Luiza, levou a segunda vaga da seleção geral. Em 2015 começou sua iniciação científica e participou de um curso de três semanas na Universidade de Stanford sobre Biotecnologia. Quando fala de ciência, seus olhos brilham “é minha paixão, vou conseguir o que eu quero porque vou persistir”, disse.
Outro convidado a falar foi Eric Grosman Radu Halpern, ex-bolsista que esteve no curso de verão do Weizmann. Ele falou com entusiasmo de como a experiência no instituto israelense influenciou sua vida e foi decisiva para que ele iniciasse o curso de engenharia de computação nos Estados Unidos. “Na faculdade, em Boston, somos oito alunos de diferentes países que conquistaram a bolsa do WIS em 2016. Os cientistas mais jovens estão muito conectados no mundo virtual e o Weizmann é uma referência”, frisou.