O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aloizio Mercadante, recebeu em Brasília a cientista do Instituto Weizmann de Israel, Ada Yonath, Prêmio Nobel de Química em 2009.
No encontro, ela foi convidada a ser a primeira cientista de excelência a fazer parte do Programa Ciência sem Fronteiras e aceitou ser a embaixadora do programa no Instituto, de forma a incentivar oportunidades de intercâmbio entre os dois países. Também participaram do encontro o embaixador de Israel no Brasil, Giora Becher, e o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Glaucius Oliva.
Mercadante anunciou que 360 pesquisadores de alto nível do exterior terão bolsas do Ciência Sem Fronteiras até 2014. “Queremos atrair pesquisadores de ponta para que façam estudos em temas de nosso interesse. Além disso, por meio do programa queremos repatriar nossos cientistas que estão lá fora”, destacou.
O Ministro Mercadante declarou ter planos de ir a Israel e ao Instituto Weizmann ainda em 2011, para estreitar laços e melhorar a colaboração científica entre cientistas brasileiros e grupos de pesquisa do Weizmann. O vice-presidente do Instituto, Professor Israel Bar Joseph, declarou que será uma honra receber o Ministro e que a visita será muito importante para um avanço nas relações entre o Weizmann e o Brasil.
Para Ada Yonath, a oportunidade será muito importante para a relação dos dois países no desenvolvimento da ciência. A respeito dos incentivos para a pesquisa, ela acrescentou que o mais importante é a paixão que tem pelo trabalho e, consequentemente, pela ciência.
Ada Yonath nasceu em 1939 em Jerusalém e fez doutorado em cristalografia de raios X em 1968 no Instituto Weizmann de Ciências, onde ainda trabalha. Em 2009 ela foi agraciada com o Prêmio Nobel de Química, juntamente com os norte-americanos Venkatraman Ramakrishnan e Thomas Steitz, com estudos sobre o funcionamento dos ribossomos.
O Programa Ciência Sem Fronteiras, lançado pelo MCTI e pelo Ministério da Educação (MEC), disponibilizará 75 mil bolsas de estudo, em quatro anos, para promover o intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior para manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação.