Ada Yonath, Prêmio Nobel de Química encanta platéia com palestra sobre o futuro dos antibióticos

Lotação esgotada no Teatro Anne Frank de A Hebraica, com muitos acadêmicos, cientistas e até mesmo com a presença do ex-ministro José Goldemberg. Assim foi a palestra de Ada Yonath vencedora do Prêmio Nobel de Química que falou sobre “Antibióticos: uma esperança no passado, A dúvida da atualidade e a busca de um futuro promissor”, a convite da Associação dos Amigos do Instituto Weizmann do Brasil.

Em sua segunda visita ao Brasil, Ada Yonath deu uma interessante palestra onde enfatizou que é possível conciliar a vida de cientista com a vida em família e agradeceu ao Instituto Weizmann por todo o apoio durante sua extensa trajetória no mundo das ciências.
Ada nasceu em 1939 em Jerusalém Oriental, antes mesmo da criação do Estado de Israel e fez doutorado em cristalografia de raios X em 1968 no Instituto Weizmann de Ciências, onde trabalha até hoje. Em 2009 foi agraciada com o Prêmio Nobel de Química, juntamente com os norte-americanos Venkatraman Ramakrishnan e Thomas Steitz, com seus estudos sobre os ribossomos.
Em sua palestra, ela explicou como funcionam os ribossomos, máquinas produtoras de proteínas dentro das células e de fundamental importância no controle metabólico. Hoje, fala-se muito do aumento da resistência das bactérias aos antibióticos existentes e é nesse aspecto que o trabalho da Dra Yonath torna-se de fundamental importância. A interpretação exata e antes desconhecida da posição atômica dos ribossomos permitirá o avanço na criação de medicamentos mais eficientes ou na possibilidade de encontrar a sinergia adequada entre diferentes antibióticos.
Com 71 anos de idade, muita disposição e bom humor, Ada Yonath encerrou a palestra enfatizando a importância da família e das relações humanas e relatou que juntamente aos diversos prêmios acumulados, tem um que considera mais importante que o Prêmio Nobel: o de melhor avó do ano, concedido por sua neta de 15 anos.
O evento, organizado pela Associação dos Amigos do Instituto Weizmann do Brasil contou com a presença de diversas lideranças judaicas como: Ilan Sztulman, Cônsul Geral de Israel em São Paulo, Bruno Laskowsky, presidente da Unibes, Jayme Blay, presidente da Câmara Brasil Israel de Comércio e Indústria, Ricardo Berkiensztat, vice- presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, além dos professores da PUC José Luiz Goldfarb, presidente da Cátedra de Cultura Judaica, Márcia Ferraz,coordenadora do Programa de Estudos Pós-graduados em História da Ciência, Luis Carlos Campos, diretor da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia, Paulo Melo, assistente especializado da Pró-Reitoria de Planejamento e Gestão, e Ana Maria Alfonso-Goldfarb, assistente especializado da Pró-Reitoria de Pós-graduação e Pesquisa.

Localizado em Rehovot, Israel, o Instituto Weizmann figura na vanguarda da investigação científica. Seus modernos laboratórios abrigam mais de 2500 cientistas, técnicos de laboratório e estudantes, que vêm fazendo grandes contribuições para a humanidade no campo das investigações científicas e no tratamento de doenças como o câncer e a esclerose múltipla, entre outras.

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Liane Gotlib Zaidler
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