Agro

Tomatopedia

 Tomatopedia 

29.04.2021

 

Um novo e enorme banco de dados ajuda a revelar enigmas do tomate e pode facilitar a criação de variantes deliciosas e resistentes a doenças.

Os pesquisadores mapearam a expressão genética de 11.000 genes para cada uma das 600 linhas de híbridos de tomate do banco de dados, em diferentes estágios de amadurecimento, e informações sobre sensibilidade a fungos. O novo banco de dados que abrange traços genéticos e metabólicos de tomates selvagens e cultivados, foi criado por pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências, em colaboração com cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém, entre outros. Com ferramentas computacionais, eles conseguiram correlacionar diferentes porções do genoma do tomate, ou mesmo genes únicos, com variações no metabolismo da planta.

As novas descobertas podem ser usadas para melhorar a cultura de tomates, desenvolver novos fungicidas e avançar na reprodução seletiva de variedades mais resistentes.

 

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A sensibilidade das plantas

A sensibilidade das plantas

Um novo estudo do Instituto Weizmann de Ciências, mostra que as plantas ajustam a fotossíntese a mudanças rápidas de luz usando um sistema sofisticado de detecção, muito do modo que o olho humano responde a variações na intensidade da luz. Esta regulação opera em intensidades de pouca luz, quando a fotossíntese é mais eficiente, mas também mais vulnerável ao aumento repentino de luz.

O Prof. Avihai Danon, do Departamento de Plantas e Ciências ambientais, e seus colegas avaliaram a fluorescência (luz reemitida pela planta por fotossíntese não produtiva, utilizada como proxy não invasivo para medir os níveis de fotossíntese) com baixa exposição à luz. Como relatado em iScience, os cientistas viram que a fluorescência em vez de subir consideravelmente quando a luz ficou mais forte, subiu por um curto tempo em cada passo e em seguida caiu de volta para o nível inicial. Cada vez seu pico era menor do que na etapa anterior.

Os pesquisadores descobriram que quando a luz ficou mais forte, poucos fótons chegaram ao centro de reação fotossintética da planta, menor numero do que seria esperado a partir do aumento da intensidade da luz. Cada vez, os pesquisadores tiveram que dobrar a intensidade da luz para produzir o mesmo pico de fluorescência do passo anterior, um padrão típico de mecanismos sensoriais em bactérias, animais e seres humanos. As plantas têm esta estratégia para quando as circunstâncias mudam. Por exemplo, quando as nuvens vêm e vão ou quando o vento altera o ângulo das folhas ao sol.

Estas descobertas fornecem evidências de que em condições de pouca luz, os mecanismos de controle da fotossíntese assemelham-se àqueles que operam em sistemas sensoriais como o da visão humana, por exemplo.

Leia notícia completa: Plants Blink: Proceeding with Caution in Sunlight