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Com tecnologia de última geração, cientistas descobrem as evidências mais antigas do uso controlado do fogo

  Com tecnologia de última geração, cientistas descobrem as evidências mais antigas do uso controlado do fogo

13.06.2022

O uso controlado do fogo por antigos hominídeos dataria de pelo menos um milhão de anos, mas as evidências arqueológicas mais distantes se remontavam a 500.000 anos atrás. A história mudou quando pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências desenvolveram um método avançado e inovador para detectar traços não visuais de fogo.

Evron é um sítio arqueológico na Galileia Ocidental descoberto na década de 1970 e onde os arqueólogos encontraram fósseis de animais e ferramentas paleolíticas que datam entre 800.000 e 1 milhão de anos atrás.  Através de técnicas da IA, que permitem encontrar padrões ocultos, os pesquisadores compararam a composição química dos materiais até o nível molecular. Conseguiram assim estimar a temperatura ao qual 26 ferramentas de pedra encontradas no local há quase meio século foram aquecidas, – algumas superiores a 600°C.  E, usando uma técnica diferente, descobriram que o dente de um elefante extinto também apresentava mudanças estruturais resultantes do aquecimento.

Os pesquisadores, liderados pelo Dr. Filipe Natalio do Departamento de Ciências Ambientais e Botânicas do WIS, acreditam que este método avançado e inovador para detectar traços não visuais de fogo vai nos ajudar a entender melhor as origens da história humana.

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Os primeiros humanos usaram fogo para produzir ferramentas de pedra

 Os primeiros humanos usaram fogo para produzir ferramentas de pedra

Um novo estudo de ferramentas antigas sugere um entendimento qualificado sobre o aquecimento do sílex para produção de diferentes formas.

Antigos hominídeos podem ter usado temperaturas diferentes para criar diferentes tipos de ferramentas. A descoberta foi feita por pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências que empregaram tecnologias de ponta para estudar uma coleção de ferramentas de pedra de entre 300.000 – 400.000 anos atrás.


“Não podemos saber como ensinaram aos outros a habilidade de fazer ferramentas, que experiência os levou a aquecer a pedra crua em diferentes temperaturas, ou como eles conseguiram controlar o processo, mas o fato de que as lâminas mais longas são consistentemente aquecidas de uma maneira diferente das outras peças, aponta para uma intenção”, diz o pesquisador do Departamento de Arqueologia do Weizmann, o  português Dr. Filipe Natalio.

A pesquisa foi publicada na Nature Human Behaviour.

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