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Imunoterapia do câncer mais acessível

 Imunoterapia do câncer mais acessível

15.10.2021

Avanço liderado pela Profa. Yardena Samuels do Instituto Weizmann de Ciências possibilitará a aplicação de tratamentos personalizados em grupos inteiros de pacientes.

A imunoterapia despertou uma nova esperança para as pessoas com câncer, mas as soluções são personalizadas, o que limita muito seu uso. Agora, a equipe liderada pela Profa. Yardena Samuels do Instituto Weizmann de Ciências, desenvolveu um método que permite criar imunoterapias eficazes para grupos inteiros de pacientes. Tais tratamentos seriam mais fáceis e baratos do que adaptar células T personalizadas a cada novo paciente. Os pesquisadores já utilizaram esse método em uma forma particularmente agressiva de melanoma.

Identificar “hotspots” 

Os “hotspots” são estruturas das membranas externas das células cancerosas que podem fornecer aos sistemas imunológicos dos pacientes o “acesso” a um tumor. A equipe liderada por Samuels, desenvolveu um método para identificar esses focos de câncer de forma sistemática. Referida como uma “abordagem orientada a dados para identificar neoantígenos recorrentes”, envolve bioinformática seguida de análise de laboratório.

“Nossa nova abordagem pode possibilitar a aplicação de tratamentos personalizados em uma escala maior do que hoje”, diz Samuels. “Ele está pronto para ser desenvolvido para uso em hospitais, e pode ser aplicado a uma variedade de cânceres, não apenas melanoma.”

O estudo foi publicado no Journal of Clinical Investigation.  O braço de transferência de tecnologia do Instituto Weizmann, Yeda Research & Development Company, promoverá o desenvolvimento do método para uso clínico, por meio de uma empresa estabelecida para esse fim.

A Profa. Yardena Samuel é apoiada pelo Banco de Tumores Weizmann-Brasil, entre outros.

Saiba mais: Spotting Hotspots for Cancer Immunotherapy

Câncer: Uma nova abordagem para personalizar a terapia oncológica

 Câncer: Uma nova abordagem para personalizar a terapia oncológica

Escolher a droga certa para cada paciente com câncer é a chave para o tratamento bem-sucedido. Pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências, em colaboração com cientistas do MIT e Universidade de Harvard desenvolveram um novo método para selecionar a melhor terapia medicamentosa para um determinado tumor. Ele se baseia na atribuição de pontuações às mensagens que são enviadas dentro das células. O estudo foi publicado na Nature Communications.

O grande avanço dos cientistas foi focar o interesse nas cadeias de sinais bioquímicos que transmitem mensagens celulares cruciais, por exemplo, se uma célula deve se dividir ou crescer, ou de que forma seu metabolismo deve ser alterado. Em cada caminho, intervém inúmeros genes e para descobrir a atividade das cadeias que transmitem cada mensagem, são necessários métodos sofisticados de pesquisa. O estudo propõe que estas vias de sinalização sejam usadas como marcadores biológicos prognóstico na medicina personalizada, ajudando os médicos a dizer com antecedência quais pacientes responderão melhor a qual medicamento.

Identificar o calcanhar de Aquiles dos tumores, permitirá desenvolver novos medicamentos.  Os pesquisadores já o tinham usado para propor um caminho que poderia oferecer o tratamento eficaz para cânceres de mama com uma mutação BRCA.

Para desenvolver esta abordagem na base da grande quantidade de dados sobre o câncer que se tornaram disponíveis nos últimos anos, o laboratório liderado pelo Dr. Ravid Straussman do Departamento de Biologia Celular Molecular do Weizmann, uniu forças com o laboratório do Prof. Gad Getz, do Broad Institute em Cambridge, Massachusetts, EUA.

 
Saiba mais: A New Approach to Tailoring Cancer Therapy: Tapping into Signaling Activities in Cancer Cells