Melanoma: importante avanço para reconhecer os pacientes que respondem melhor à imunoterapia.
Graças aos novos tratamentos de imunoterapia, as mortes por melanoma caíram bastante nos últimos anos. Porém, muitos pacientes não respondem à terapia e a Profa. Yardena Samuels do departamento de Biologia Celular Molecular do Instituto Weizmann de Ciencias queria saber o por quê.
A sua nova pesquisa mostrou que os tumores menos propensos a ser afetados pelo sistema imunológico, o que reduz a chance de que a imunoterapia seja eficaz, são aqueles com células que se diferenciaram em subtipos mais diversificados. “Descobrimos que para prever o sucesso da imunoterapia, é melhor testar o número de subtipos de células e seu lugar na árvore filogenética do que a carga de mutações “, diz a Profa. Samuels. “Analisamos também dados dos pacientes com melanoma submetidos à imunoterapia, e encontramos uma alta correlação entre esses fatores e o sucesso do tratamento. Pretendemos usar este sistema experimental que criamos para trabalhar no desenvolvimento de protocolos personalizados aplicáveis para pacientes oncológicos. ”
Os resultados desta pesquisa, foram publicados na revista Cell, e aponta também novos caminhos para a pesquisa de vacinas contra o câncer. A investigação foi realizada em animais pelos Dr. Yochai Wolf e DR. Osnat Bartok do Laboratorio da Profa. Samuels e participaram também cientistas dos Departamentos de Imunologia e do Centro Nacional para a Medicina Personalizada Nancy and Stephen Grand, do Instituto Weizmann de Ciências, da Escola de Medicina Hadassah da Universidade Hebraica, do Technion, do Instituto Nacional do Câncer dos EUA e as universidades de Cambridge e de Londres (UK).
A Profa. Samuels é diretora do Weizmann–Brasil Tumor Bank.
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