Instituto Weizmann de Ciências

Mario Fleck receberá o título de Doutor honoris causa

Mario Fleck

Mario Fleck, presidente dos Amigos do Weizmann do Brasil,
receberá o título de Doutor em Filosofia Honoris Causa do Instituto
Weizmann de Ciências.

O título de Doutor de Filosofia Honoris causa é a maior honra
concedida pelo Instituto Weizmann de Ciências para pessoas com ideais e
valores que o Instituto Weizmann compartilha: excelência, em qualquer
área; dedicação para melhorar a condição da humanidade; e profunda
paixão, impulsionada pela curiosidade.

O diploma é concedido anualmente a figuras líderes nos mundos da
ciência e da academia, da arte e da filantropia. Mario Fleck vai se juntar a
uma lista que inclui personalidades como Menachem Begin, Jimmy
Carter, Henry Kissinger, Elie Wiesel, Shimon Peres, referentes da arte
como Zubin Metha, Arthur Rubinstein e Marc Chagall, do pensamento
como Simone Weil, da ciência como Eric Kandel, Francois Jacob, Severo
Ochoa e Rita Levi Montalcini e da filantropia como Morris Kahn. Os
brasileiros homenageados em apreciação de seu impacto significativo
sobre a humanidade foram: Adolpho Bloch (1978) a doutora Regina Feigl
(1982) e Samy Cohn (1994).

A cerimônia ritual de investidura acontecerá em novembro, durante
o International Board Meeting do Instituto.

Há mais de 12 anos à frente dos Amigos do Weizmann do Brasil,
Mario Fleck ocupou várias posições de liderança na comunidade judaica
do Brasil. Atualmente é presidente da CIP – Congregação Israelita Paulista,
presidente do Conselho da FISESP – Federação Israelita do Estado de São
Paulo, vice-presidente da Câmara de Comércio Brasil-Israel, conselheiro
do Hospital Albert Einstein, conselheiro da escola Aleph, co-chair para
América Latinado Instituto BILLA do AJC (American Jewish Committee).

Anteriormente, foi presidente do Conselho da EAESP-FGV, presidente do
Colégio Max Nordau no Rio de Janeiro e colaborador de diversas ONGs
ligadas à educação, cultura e meio-ambiente.

Graduado em Engenharia Mecânica pela PUC-RJ, no âmbito profissional
atuou 28 anos na Accenture e em seguida está há 15 anos como sócio da
Rio Bravo Investimentos. Atuou também em diversos conselhos de
empresas brasileiras de capital aberto ou privado.

Casado com Angela Brandão, tem dois filhos do seu primeiro casamento,
Debora e Michel, e três netos – Gabriel, Laila e Thomas

Medicina Personalizada: sucesso da Genética, Big Data, Machine Learning e Colaboração com os médicos

  Medicina Personalizada: sucesso da Genética, Big Data, Machine Learning e Colaboração com os médicos

 

Cientistas do Instituto Weizmann de Ciências (WIS) e médicos hemato-oncologistas de Israel desenvolveram uma nova tecnologia que permite criar o perfil detalhado do mieloma, o segundo câncer do sangue mais comum.

O mieloma múltiplo acontece quando as células da medula que produzem anticorpos se proliferam fora de controle. Cada paciente é único e os testes de sangue são incapazes de identificar a doença no início, bem como classificar qual paciente precisa de qual tratamento.

A nova tecnologia publicada na Nature Medicine permite identificar a genética única das células tumorais tanto em estádios pré-cancerosos como em pós-tratamento e recaída.

História: o médico Dr. Guy Ledergor e o pesquisador Dr. Assaf Weiner, do grupo do Prof. Ido Amit, do Departamento de Imunologia do WIS, junto ao Prof. Amos Tanay, do Departamento de Matemática Aplicada e Regulação Biológica e Ciências da Computação, pensaram que um método altamente sensível desenvolvido pelo grupo poderia ser uma nova forma de enfrentar o mieloma múltiplo. O novo método sequencia o RNA em milhares de células individuais do sangue do paciente ou da medula óssea, permitindo capturar o programa genético específico que está ativo em cada célula.

O Programa Bench to Bedside (da bancada ao leito) do WIS liderado pelo prof. Gabi Barbash ajudou a recrutar a colaboração de todos os departamentos de hemato-oncologia de Israel. Sequenciando dezenas de milhares de células de pacientes e de pessoas saudáveis (grupo controle), concluiu-se que as pessoas saudáveis tinham perfis similares, mas os pacientes tinham perfil heterogêneo, que podia até ser mais de um em cada  indivíduo.

Os pesquisadores usaram enfoque de Machine learning para identificar células malignas em dezenas de milhares de células. Este rastreamento pode ser útil para diagnosticar sinais iniciais de muitas doenças no estádio pré-canceroso ou recaídas pós-quimioterapia, sendo parte de um enfoque personalizado. Permitirá que sejam tomadas decisões baseadas no perfil individual das células de cada paciente.

“Estamos desenvolvendo colaborações similares entre pesquisadores baseados em hospitais e pesquisadores de ciência básica para avançar no diagnóstico e tratamento de  outras doenças” disse o Prof. Gabi Barbash.

“Até agora, a analise genômica de uma única célula estava confinada a um número pequeno de laboratórios de pesquisa.

Estamos constantemente empurrando os limites desta tecnologia para convertê-la em uma  erramenta diagnóstica” disse prof. Amit.

“Estamos ingressando em uma era que o Big data e a Machine learning vão possibilitar aos médicos obter novas perspectivas e compreender doenças devastadoras como o mieloma múltiplo” – disse o Dr. Weiner. “No futuro, talvez os médicos possam seguir as doenças em tempo real, em cada paciente, e tratar de forma personalizada antes da aparição dos sintomas“ – acrescentou o Dr. Ledergor.

Saiba mais: Profiling killer warm blood