A cientista carioca Camila Freze Baez conquista a bolsa de pós-doutorado “The Mora Miriam Rozen Gerber Fellowship”

A cientista carioca Camila Freze Baez  conquista a bolsa de pós-doutorado “The Mora Miriam Rozen Gerber Fellowship”

Camila Freze Baez, carioca, 29 anos, é a nova bolsista de pós-doutorado “The Morá Miriam Rozen Gerber Fellowship”, para continuar seus estudos no Instituto Weizmann de Ciências, Israel. A bolsa integral, destinada exclusivamente a brasileiros, tinha como requisito essencial a excelência acadêmica.

Graduada em Biomedicina na  Universidade Federal Fluminense, UFF, Niterói, com Mestrado  em Microbiologia e Parasitologia Aplicadas na mesma universidade e Doutorado em Medicina (Doenças Infecciosas e Parasitárias) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, a pesquisa da Camila no Brasil procurava ajudar a melhorar o entendimento científico sobre o papel dos vírus em cânceres de pele.

No Instituto Weizmann, vai ser parte de um grupo pioneiro na identificação de um novo tipo de comunicação das células tumorais com as demais: a passagem de RNA – uma descoberta que abriu uma Infinidade de possibilidades de pesquisa. O laboratório de “Tráfego de RNAm e de proteínas” (“mRNA and protein trafficking” ) é liderado pelo prof. Jeffrey Gerst do Departamento de Genética Molecular. “Nossa pesquisa pretende investigar se o RNA transferido de uma célula para outra influenciaria as funções da célula que o recebeu e, se no caso de transferência de RNAs envolvidos com o desenvolvimento tumoral, haveria a transformação de células saudáveis em células tumorais. Essa pesquisa é inovadora em muitos aspectos e poderá, por exemplo, indicar novos caminhos terapêuticos para o câncer.”

 

A cientista, que começou como muitos sendo uma criança curiosa e investigativa, que ganhava microscópios de brinquedo e kits de química como presentes enquanto crescia, destaca o papel fundamental de excelentes professores na sua trajetória: “A eles sou profundamente grata pela oportunidade, confiança e encorajamento para sempre ir mais longe e mais alto. É claro que nem sempre é fácil; a ciência no Brasil enfrenta dificuldades já há alguns anos com o congelamento de bolsas e corte de verbas. No entanto, quando se trabalha em algo que se ama, com pessoas que te ajudam a superar as dificuldades e com determinação, as dificuldades são transformadas em desafios a serem superados e aumentam a vontade de vencer.”

Em alguns meses Camila faz as malas para estudar em uma instituição de ponta científica e tecnológica como o Instituto Weizmann de Ciências. “É a concretização de um sonho. Espero, um dia, ser capaz de influenciar positivamente meus futuros alunos a perseguirem e alcançarem seus sonhos.” Ainda sem palavras para descrever o quão animada está para conhecer Israel junto ao seu marido, que ira acompanha-la. “Tenho certeza que ficarei impressionada, tanto pela pesquisa científica de ponta, quanto pelos incríveis lugares históricos, contrastados com os modernos, que terei a oportunidade de conhecer.”