Auto detecção da perda do olfato pode ajudar a detectar o novo Coronavírus

 

 

 Auto detecção da perda do olfato pode ajudar a detectar o novo Coronavírus

Junto com febre, tosse e falta de ar, muitos pacientes com COVID-19 relatam perda temporária do olfato. Nestas pessoas, a perda olfativa é significativamente maior que pessoas com um resfriado.  Em alguns países como a França, uma pessoa que afirma ter um súbita perda olfativa é diagnosticada com Coronavirus sem ser testada. Uma abordagem semelhante está sendo considerada no Reino Unido.

Em alguns países como a França, uma pessoa que afirma ter um súbita perda olfativa é diagnosticada com Coronavirus sem ser testada.

Com base nesses dados, os cientistas do Instituto Weizmann de Ciências, em colaboração com o Edith Wolfson Medical Center, desenvolveram o SmellTracker, uma plataforma online que permite o automonitoramento do olfato com o propósito de detectar sinais precoces de COVID-19 ou na ausência de outros sintomas.

O laboratório do Prof. Noam Sobel, do Departamento de Neurobiologia do Instituto Weizmann, é especializado em pesquisa olfativa. Os pesquisadores desenvolveram anteriormente um modelo matemático que caracteriza com precisão o olfato único de cada indivíduo, uma espécie de digital olfativa pessoal.

Com base neste algoritmo, o teste online sensorial SmellTracker orienta os usuários sobre como mapear seu olfato usando cinco aromas encontrados em todas as casas (especiarias, vinagre, pasta de dente, perfume, manteiga de amendoim, etc). O teste dura cerca de cinco minutos e é capaz de monitorar mudanças repentinas na percepção do olfato. Os pesquisadores relatam que a ferramenta que eles desenvolveram já identificou com sucesso possíveis casos de coronavírus, que posteriormente foram confirmados.

Além do monitoramento pessoal, à medida que coletam mais dados, os pesquisadores melhoram a capacidade de caracterizar uma digital olfativa única para a detecção precoce do COVID-19.

Oito cepas de Coronavirus

A perda olfativa não foi relatada na China, no entanto, estudos preliminares realizados em muitos países incluindo Israel e Irã, mostraram esse sintoma em cerca de 60% dos pacientes. Os cientistas estimam que existem atualmente oito cepas ativas do vírus. O laboratório de Sobel acredita que a perda olfativa pode ser um sintoma diferenciador das várias cepas. Se isso for confirmado, o SmellTracker será capaz de mapear geograficamente os diferentes surtos.

Além do SmellTracker, o laboratório de Sobel está distribuindo entre pacientes posivitos para o coronavírus, um questionário exclusivo e kits para raspar e cheirar scratch and smell  e mapear o olfato.

Lançado com o apoio do Ministério da Defesa, será promovido  oficialmente na Suécia, França e outros países. O teste do senso do olfato está atualmente disponível em inglês, hebraico e árabe, e em breve estará também em sueco, francês, japonês, espanhol, alemão e persa.

 

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