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Karina Navarro Gonzalez conquista The Morá Miriam Rozen Gerber Fellowship 2024

A matemática Karina Navarro Gonzalez conquista a bolsa de pós-doutorado “The Morá Miriam Rozen Gerber Fellowship” 2024

Karina Navarro Gonzalez pretende chegar no Departamento de Matemáticas do Instituto Weizmann de Ciências (WIS) no início de novembro.

Tendo conquistado a bolsa de pós-doutorado “The Morá Miriam Rozen Gerber Fellowship” 2024, poderá cumprir o sonho de trabalhar por um período de dois anos junto com o matemático Israelense Gady Kozma.

“Minha pesquisa até agora está dentro do mundo das ideias, da matemática pura, onde os resultados são importantes por si mesmos. E a maior contribuição para a sociedade é expandir a teoria existente, teoria que ajuda de diferentes formas na resolução de problemas práticos.”

Ela é uma apaixonada pela matemática e garante que, mais do que resolver equações ou fazer cálculos, ela ensina a pensar e a criar caminhos para resolver problemas. Quando não está resolvendo equações, Karina adora dançar forró, zouk ou samba, ou ainda jogar xadrez. “O xadrez e as matemáticas estão intimamente ligados.” – afirma.

Aprendeu as regras do jogo com o seu pai, e lembra da primeira vez em que conseguiu vencê-lo, como o seu primeiro momento Eureka. “Parecia quase impossível que esse momento iria chegar. No xadrez precisamos analisar as possibilidades de mexer as peças e criar estratégias inesperadas para o oponente para assim conseguir vencer. Embora no momento (e ainda) não consegui respostas concretas de como ganhar sempre, hoje eu vejo a contribuição que ele teve na minha formação de pensamento matemático criativo desde cedo”.

Nascida na Colômbia, Karina migrou para o Brasil em 2016 onde conclui mestrado e doutorado em outubro de 2023 na Universidade de São Paulo. Logo depois, fez estudos de pós-doutorado na Universidade Estadual de Yerevan em Armênia, mas fez questão de manter sua rede de trabalho com o Brasil. Segue em contato com a Professora Thaís Jordão e a professora Márcia Federson no ICMC (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo) e também é membro do grupo de pesquisa “Equações Diferenciais, Sistemas Dinâmicos e Integração Não Absoluta” do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq.

Tomou conhecimento da “The Morá Miriam Rozen Gerber Fellowship” para Israel graças a colegas brasileiros que realizam estudos de pós-graduação no Instituto Weizmann. “Me sinto profundamente grata por esta oportunidade incrível. Esta bolsa representa um marco importante na minha vida acadêmica e abre um leque de possibilidades empolgantes.”

Ansiosa para embarcar nesta nova etapa e explorar o vasto conhecimento e as experiências transformadoras que o WIS tem a oferecer, ela diz acreditar que a bolsa lhe proporcionará as ferramentas e o ambiente ideal para aprofundar os seus conhecimentos na pesquisa.

Gabriela Frajtag

Gabriela Frajtag selecionada para participar do programa de verão para alunos de graduação do Instituto Weizmann de Ciências

No dia 25 de junho de 2024 Gabriela Frajtag comemorou seu aniversário de 19 anos no vôo com destino a Israel, por ter sido selecionada para participar do programa de verão para alunos de graduação do Instituto Weizmann de Ciências, o Kupcinet-Getz International Summer School.

Durante o período de um mês e meio, ela vai participar da pesquisa no Departamento de Biologia Química e Estrutural, com foco nos mecanismos de resistência aos antibióticos. ”Serei recebida pela Ada Yonath, Nobel de Química de 2009”- se entusiasma. Gabriela acompanha a trajetória da cientista israelense há bastante tempo. Ainda no ensino fundamental, no Colégio A. Liessin, ela fez um trabalho sobre a pesquisadora no qual afirmava que era uma inspiração para ela. Agora terá oportunidade de trabalhar em seu laboratório! Gabriela embarcou extremamente animada com o programa. “Nunca estive em Israel e quero muito conhecer o país.”

O caminho até o Instituto Weizmann de Ciências Gabriela relata que desde criança, fazia muitas perguntas e raramente contentava-se com a primeira resposta. “A curiosidade sempre me levou a querer saber mais.”

Participou de diversas olimpíadas acadêmicas que lembra como um aprendizado de ciência, mas, principalmente, “sobre a importância da curiosidade e da paixão em tudo o que faço”. Durante o ensino médio, teve contato com a prática científica e confirmou o desejo de ser pesquisadora no curso técnico de Biotecnologia na Escola ORT.

Em 2023 mudou-se do Rio de Janeiro para Campinas para cursar o Bacharelado em Ciência e Tecnologia na Ilum, uma instituição de ensino superior focada em formar pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).

Gosta muito de biologia, química, matemática e computação. “Sou completamente apaixonada pela ciência.”

O primeiro sistema nervoso central completo em um chip

O primeiro sistema nervoso central completo em um chip

01/06/2024

Pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências e parceiros internacionais desenvolveram uma versão em miniatura de todo o sistema nervoso central do embrião humano, do cérebro à base da medula espinhal, em um chip.

Para isso utilizaram um chip microfluídico que imita a dispersão das moléculas que, na natureza, determinam a localização e a forma dos órgãos do embrião. Estas moléculas chamadas de “morfogénos” servem como um mapa que guia as células-tronco para seu destino.

O chip foi feito com superfícies estreitas e adesivas que têm 4 milímetros de comprimento no centro, equivalente ao sistema nervoso central de um embrião com um mês, e um gel simulou o ambiente extracelular. Em pouco tempo as células se organizaram espontaneamente e amadureceram em uma variedade de diferentes tipos de células do sistema nervoso central embrionário.

 “Quando caracterizamos os novos organóides, vimos uma ordem perfeita ao longo de toda a extensão do sistema nervoso central, assim como aparece no estágio embrionário inicial”, diz a professora Orly Reiner, do Departamento de Genética Molecular de Weizmann. Ela estuda doenças que afetam o cérebro em desenvolvimento há mais de 30 anos e começou a cultivar organóides em seu laboratório há cerca de uma década.

O chip permitirá que os pesquisadores façam perguntas totalmente novas, tanto sobre o desenvolvimento de um embrião saudável quanto sobre doenças e danos.

Saiba mais: From Tip to Tail

 

Segurança Evolucionária em Primeiro Lugar

Segurança Evolucionária em Primeiro Lugar

Pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências pedem que um novo tipo de teste seja aplicado em futuros medicamentos, a segurança evolutiva.

O molnupiravir é uma droga contra COVID-19 que provoca mutações no vírus SARS-CoV-2. Pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências formularam um modelo computacional que lhes permitiu analisar dezenas de milhares de possíveis mutações no genoma do coronavírus, e concluíram que a droga, além de curar pessoas com Covid-19, poderia sob certas condições, diminuir o risco de que novas cepas preocupantes surjam.

Aplicado a futuros medicamentos, um novo tipo de teste que garantiria a segurança evolutiva, permitiria ter medicamentos que não apenas ajudem na recuperação do paciente, mas também a prever com mais precisão o surgimento de novas cepas.

 

Saiba mais: Evolutionary Safety First

Nova descoberta do Weizmann

Nova descoberta do Weizmann Nova descoberta do Weizmann

 

Pesquisadoras do Departamento de Ciências da Terra e Planetárias do Weizmann identificaram um complicador até então desconhecido para prever as chuvas de monção que castigam o subcontinente indiano de julho a setembro. São correntes de ar compostas por ar seco e muito frio. Estudando dados de 40 anos, elas descobriram que as intrusões secas foram seguidas por um aumento nas chuvas, em alguns casos, de mais de 100%.

O grupo vai continuar refinando o modelo para melhorar a capacidade de prever chuvas e inundações mais severas.

 

Saiba mais: When Dryness Intrudes, Floods Ensue

O Instituto Weizmann cria um tipo de imunoterapia

O Instituto Weizmann cria um tipo de imunoterapia

Pesquisadores do Departamento de Imunologia de Sistemas do Instituto Weizmann de Ciências desenvolveram uma nova técnica baseada no diálogo entre diferentes células imunitárias, que abre um novo caminho para tratamentos inovadores contra o câncer e as doenças autoimunes.

O anticorpo recém-desenvolvido conecta diferentes células (foto) criando uma resposta imune poderosa a crescimentos cancerígenos. A eficácia deste novo tratamento foi testada em vários modelos de câncer em camundongos, reduzindo significativamente a taxa de crescimento dos cânceres de pele e pulmão. Ele se provou efetivo mesmo em cânceres que não haviam respondido à imunoterapia até então, e em impedir o desenvolvimento de metástases nos pulmões após a remoção do tumor primário.

Foi publicado na revista Cell e o Yeda, braço do Instituto responsável pela comercialização da propriedade intelectual dos cientistas, já registrou um pedido de patente.

 

Leia mais: Standing United: When Immune Cells Join Forces, Cancer Therapy Is More Effective

Esclerose múltipla, mais um passo à frente

Esclerose múltipla, mais um passo à frente

03.05.23

Mais de 2,5 milhões de pessoas têm esclerose múltipla, cerca de 85% delas, a forma remitente-recorrente da doença. Estender as remissões e atrasar as crises já é possível, pelo menos temporariamente, com alguns medicamentos, incluindo o Copaxone, que foi desenvolvido no Instituto Weizmann de Ciências. Mas entender o mecanismo subjacente aos altos e baixos pode ser a chave para vencer a doença.

Pesquisadores do Instituto Weizmann publicam agora a descoberta de um fator importante na remissão. “Nossa pesquisa básica no modelo animal visa entender como a patologia progride – como o corpo lida com o ataque – e identificar os atores importantes, mas pode eventualmente levar ao desenvolvimento de terapias-alvo, o que atualmente não temos” – disse o Prof. Steffen Jung do Departamento de Imunologia e Biologia Regenerativa. O estudo foi liderado pela Dra. Zhana Haimon, do Departamento de Imunologia e Biologia Regenerativa de Weizmann.

Saiba mais: Down with MS

 

O que determina se ocorre uma infecção ativa ou se o vírus permanece latente?

 O que determina se ocorre uma infecção ativa ou se o vírus permanece latente?

Com foco no citomegalovírus, um membro da família do herpes que infecta a maioria da população, uma equipe de pesquisadores do Departamento de Genética Molecular do Instituto Weizmann de Ciências, descobriu a origem da capacidade de se esconder dentro do corpo em um estado dormente. Os vírus latentes representam uma ameaça existencial para pacientes imunossuprimidos e receptores de transplante de órgãos, e uma compreensão básica deste mecanismo é crucial para desenvolver tratamentos eficazes e preparar melhor os pacientes antes do transplante ou tratamento.

Saiba mais: Prepared for War: How Cells Survive Viral Invasion

Um novo método de inteligência artificial pode melhorar a precisão da previsão de tempestades de poeira

Um novo método de inteligência artificial pode melhorar a precisão da previsão de tempestades de poeira

16.06.2023

Um estudo de pesquisadores do Departamento de Ciências da Terra e Planetárias do Instituto Weizmann de Ciências traz um avanço importante na previsão de tempestades de poeira. A realização mais significativa desta pesquisa é o uso de inteligência artificial para escanear uma coleção grande de dados e estudar os princípios físicos e os processos atmosféricos de uma maneira antes indisponível.

 Usando dados coletados de todas as estações meteorológicas de Israel nos últimos 20 anos, previram com sucesso mais de 80% das tempestades de poeira com 24 horas de antecedência e cerca de 70%, 48 horas antes. A rede foi treinada com dados de Israel, mas pode, com alguns ajustes, prever tempestades de poeira em outros lugares do mundo. “Além disso, criamos uma arquitetura que pode ajudar a prever outros eventos raros que estão ligados a dados meteorológicos, como chuvas extremas ou inundações repentinas” , diz Dr. Ron Sarafian.

 

Saiba mais: Dust in the Wind: Forecasting Storms with AI

 

Você conhece a Orquestra do Weizmann?

Orquestra do Weizmann

Você conhece a Orquestra do Weizmann?
05.06.2023

 

Formada por estudantes e cientistas do Instituto Weizmann, é um reflexo do ambiente global e interdisciplinar do instituto.

Entre os membros da orquestra estão um estudante do Departamento de Física da Matéria Condensada da Rússia, um violoncelista italiano que é aluno do Departamento de Química e Biologia Estrutural e uma estudante do Departamento de Física de Partículas e Astrofísica da Martinica. No clarinete, um doutorando no Departamento de Ciências do Cérebro da República Tcheca ensaia com o chines pós-doutorando no Departamento de Química Molecular e Ciência dos Materiais e um pós-doutorando no Departamento de Física Química e Biológica da Costa Rica. Na flauta há um estudante alemão do Departamento de Química e Biologia Estrutural. Também há israelenses!

Saiba mais: If Music Be the Food of Science, Play On!