Como funciona o CEP dentro das células

Como funciona o CEP dentro das células

Como funciona o CEP dentro das células

26/07/2022

Cada célula vive de acordo com instruções emitidas pelo seu DNA na forma de moléculas de RNA, mas ainda não se sabe bem como.  Agora pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências descobriram um sistema que funciona como “código postal” celular e tem até moléculas que servem como funcionários cujo trabalho é vincular-se às moléculas de RNAs, “ler” o CEP e remeter os RNAs para que cheguem ao lugar certo, bem na hora.

Os cientistas investigaram cerca de 8.000 segmentos genéticos e descobriram que algumas dúzias deles realmente servem como códigos postais. Um mesmo CEP envia o RNA a um local diferente, dependendo se é linear ou circular.

Além de lançar uma nova luz sobre o funcionamento do genoma, essas descobertas podem ser úteis na concepção de terapias baseadas em RNA. Na natureza, apenas uma pequena porcentagem de RNAs são circulares, mas são cada vez mais utilizadas no design de terapias.

Saiba mais: “Zip Codes” Tell RNA Where to Go

 

Cândida: novidades sobre como o corpo luta contra este fungo


 Cândida: novidades sobre como o corpo luta contra este fungo

27.06.2022

Uma arma do sistema imunológico não conhecida anteriormente, mas indispensável para orquestrar uma resposta eficaz contra a infecção por Cândida, foi descoberta recentemente por pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências. Este conhecimento abre novas direções de pesquisa para desenvolver tratamentos para candidíase grave e outras infecções fúngicas.

Leia mais: Curbing Candida: The Cells That Keep Fungal Infections at Bay

 

O olfato desempenha qual papel nas escolhas sociais?

 O olfato desempenha qual papel nas escolhas sociais?

24.06.2022

Estudo que conclui que pessoas com um odor corporal semelhante têm a tendência de formar laços de amizade instantaneamente. Com um dispositivo denominado eNose, ou nariz eletrônico, pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências foram capazes de prever a qualidade das interações sociais entre estranhos simplesmente cheirando os indivíduos.

 

Leia mais:  Scent of a Friend

Com tecnologia de última geração, cientistas descobrem as evidências mais antigas do uso controlado do fogo

  Com tecnologia de última geração, cientistas descobrem as evidências mais antigas do uso controlado do fogo

13.06.2022

O uso controlado do fogo por antigos hominídeos dataria de pelo menos um milhão de anos, mas as evidências arqueológicas mais distantes se remontavam a 500.000 anos atrás. A história mudou quando pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências desenvolveram um método avançado e inovador para detectar traços não visuais de fogo.

Evron é um sítio arqueológico na Galileia Ocidental descoberto na década de 1970 e onde os arqueólogos encontraram fósseis de animais e ferramentas paleolíticas que datam entre 800.000 e 1 milhão de anos atrás.  Através de técnicas da IA, que permitem encontrar padrões ocultos, os pesquisadores compararam a composição química dos materiais até o nível molecular. Conseguiram assim estimar a temperatura ao qual 26 ferramentas de pedra encontradas no local há quase meio século foram aquecidas, – algumas superiores a 600°C.  E, usando uma técnica diferente, descobriram que o dente de um elefante extinto também apresentava mudanças estruturais resultantes do aquecimento.

Os pesquisadores, liderados pelo Dr. Filipe Natalio do Departamento de Ciências Ambientais e Botânicas do WIS, acreditam que este método avançado e inovador para detectar traços não visuais de fogo vai nos ajudar a entender melhor as origens da história humana.

Leia mais: The Heat Is On: Weizmann Institute Scientists Uncover Traces of Fire Dating Back At Least 800,000 Years

 

 

Como funciona o tratamento de efeito rápido para adultos com depressão

  Como funciona o tratamento de efeito rápido para adultos com depressão

31.05.2022

A cetamina é o primeiro tratamento de efeito rápido para adultos com depressão. Esta droga faz as pessoas se sentirem melhor em poucas horas e sua ação antidepressiva dura dias. No entanto, o uso está  limitado a pacientes que não tiveram sucesso com outras terapias, em parte porque o seu mecanismo de ação é ainda pouco compreendido.

Beneficiando-se de recentes avanços tecnológicos que tornaram possível avaliar a expressão genética em um nível de resolução da célula única, o estudo conduzido sob a orientação do Prof. Alon Chen, presidente do Instituto Weizmann de Ciências, mapeou no cérebro de camundongos, uma subpopulação de neurônios com uma assinatura genética característica. Em uma série de experimentos elaborados, descobriram a parte da membrana celular em que a cetamina exerce seu efeito antidepressivo duradouro, os canais de potássio Kcnq2.  Com este conhecimento, os pesquisadores ainda testaram os efeitos da cetamina em combinação com uma droga para a epilepsia. Os efeitos antidepressivos melhorados abrem caminho para testar sua ação combinada em humanos.

A  pesquisa, realizada em colaboração com centros da Alemanha, foi publicada na revista Neuron. “O conhecimento aprofundado de como os antidepressivos funcionam pode levar a uma melhor compreensão da depressão e ajudar a melhorar os tratamentos existentes”, resume o Prof. Alon Chen.

A pesquisa do Prof. Chen é apoiada pelo Laboratório de Pesquisa em Neurobiologia do Estresse da Família Ruhman e pela Família Licht. Ele é o titular da Cadeira Professora Vera e John Schwartz em Neurobiologia.

Saiba mais: Changing the Channel: Study Sheds New Light on a Promising Antidepressant

Novos dados revelam que mudanças climáticas podem ser mais rápidas do que o previsto

 Novos dados revelam que mudanças climáticas podem ser mais rápidas do que o previsto

26.05.2022

 

 

 

 

A equipe de cientistas liderada pelo Dr. Rei Chemke, do Departamento de Ciências da Terra e Planetárias do Instituto Weizmann de Ciências, revelou uma intensificação das tempestades de inverno no Hemisfério Sul, e que os níveis projetados para ocorrer em 2080 já foram alcançados. A pesquisa em colaboração com a Universidade de Princeton e o MIT foi publicada na revista Nature Climate Change, e concluiu que as mudanças climáticas podem ser mais rápidas do que o previsto.

O Dr. Chemke pesquisa os mecanismos físicos subjacentes às mudanças climáticas. “Descobrimos um parâmetro para o qual a sensibilidade dos modelos precisa ser ajustada“. Neste estudo, descrevem o processo físico por trás da intensificação das tempestades e mostram que, nos últimos 20 anos, elas  têm se intensificado mais rápido do que se pode ser explicado apenas pelo comportamento climático natural.

 “Optamos por nos concentrar no Hemisfério Sul porque a intensificação da tempestade registrada lá foi mais forte do que no Hemisfério Norte”, diz Chemke

O estudo mostra que não apenas as projeções climáticas para as próximas décadas são mais graves do que as avaliações anteriores, mas também sugere que a atividade humana pode ter um impacto maior no Hemisfério Sul do que o estimado anteriormente. Isso significa que é necessária uma intervenção rápida e decisiva para deter os danos climáticos nesta região.

Saiba mais: New data reveals climate change might be more rapid than predicted

A iniciativa Ciência Pioneira, o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e o Instituto Weizmann de Ciências, em Israel, anunciam programa de bolsas de pós-doutorado para pesquisadores brasileiros

 A iniciativa Ciência Pioneira, o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e o Instituto Weizmann de Ciências, em Israel, anunciam programa de bolsas de pós-doutorado para pesquisadores brasileiros

 

Em parceria com o Instituto Weizmann de Ciências, a iniciativa Ciência Pioneira, apoiada pela família Moll, e o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) lançaram um novo programa que oferecerá 15 bolsas de pós-doutorado no Instituto Weizmann de Ciências.  A proposta é promover o treinamento avançado de jovens cientistas brasileiros no exterior, e com o intuito de trazê-los de volta ao Brasil para acelerar o desenvolvimento de Ciência inovadora e da mais alta qualidade.

Representantes das instituições se reuniram na sede do IDOR, em São Paulo, no dia 07 de abril, para oficializar a parceria, planejada para um período inicial de dez anos (2022 a 2031). Estiveram presentes os co-fundadores do IDOR, Dra. Fernanda Tovar-Moll, Presidente do IDOR, e Dr. Jorge Moll Neto, Presidente do Conselho Administrativo do IDOR e um dos idealizadores da iniciativa Ciência Pioneira; o Prof. Roee Ozeri, Vice-Presidente do Instituto Weizmann de Ciências; Mario Fleck, Presidente da Associação de Amigos do Weizmann do Brasil, e a Prof. Regina P. Markus, professora da USP e Vice-Presidente da Associação de Amigos do Weizmann do Brasil.

Fundado em 2010, o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) é uma organização sem fins lucrativos, que tem por objetivo promover o avanço científico, qualificação, disseminação do saber e a inovação na área de saúde. O IDOR vem desenvolvendo pesquisas de fronteira voltadas tanto para ciência aplicada – com impacto clínico direto a curto prazo – quanto para a ciência fundamental, que busca o conhecimento mais profundo sobre os mecanismos biológicos, fisiológicos e patológicos.

“Com esta iniciativa, esperamos contribuir para a aproximação entre nossas instituições, seus pesquisadores, e nossas nações, no intuito de promover novos talentos da Ciência brasileira ao nível internacional. Os pesquisadores apoiados terão a oportunidade de desenvolver seus estudos avançados no Instituto Weizmann de Ciências, contribuindo, durante e após seu retorno ao Brasil, para os sistemas de Ciência Brasileira e Israelense. Acreditamos fortemente no papel crucial da ciência fundamental e das parcerias internacionais no desenvolvimento humano, tecnológico e social de um país”, destaca Jorge Moll Neto.

“No Weizmann, acreditamos nas pessoas e uma de nossas prioridades é atrair talentos para receberem treinamento e a melhor educação científica. Fiquei realmente impressionado com o que o IDOR já realizou em apenas 12 anos. A ciência está cada vez mais global e  precisamos construir pontes, e tenho  a certeza de que estamos dando início a uma  parceria  que trará ganhos para os dois lados e em benefício da humanidade”, ressalta o Prof. Roee Ozeri.

Os bolsistas serão selecionados por meio de processos seletivos e as bolsas direcionadas a pesquisadores qualificados que atendam aos requisitos acadêmicos do Instituto Weizmann de Ciências, e cuja proposta de pesquisa busque interfaces entre as áreas das ciências da vida, ciências exatas e da saúde.

Os selecionados terão a oportunidade de adquirir treinamento avançado ao longo de três anos no Instituto Weizmann de Ciências, e participarão de atividades científicas conjuntas entre o Instituto Weizmann de Ciências e o IDOR, visando estimular sinergias e colaborações sempre que possível.  O IDOR planeja oferecer aos pesquisadores, em seu retorno, apoio financeiro e logístico para estruturarem seus grupos de pesquisa nas suas instalações, assim como apoiar viagens internacionais e organizar simpósios para cultivar as relações científicas construídas no exterior.

“Há duas coisas que me deixam realmente feliz. Uma é quando os cientistas do Instituto fazem alguma descoberta importante que vai impactar na saúde e a outra é quando vemos pessoas como Jorge Moll e Fernanda Tovar-Moll nos ajudando a concretizar uma parceria como esta que estamos anunciando. Me sinto realmente entusiasmado com a possibilidade dos brasileiros serem beneficiados com a ciência de qualidade que é feita em Israel e principalmente no Weizmann. Estamos dando um grande passo e só posso agradecer”, celebra Mario Fleck.

Hepatite B: uma vacina de terceira geração

 Hepatite B: uma vacina de terceira geração

Ao longo da sua vida, o Prof. Yosef Shaul do Departamento de Genética Molecular do Instituto Weizmann de Ciências, se dedicou a entender os mecanismos do vírus da hepatite B e sua conexão com o câncer de fígado. A pesquisa levou a várias descobertas notáveis, e a uma vacina extremamente eficaz já aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA.

Uma vacina mais rápida e que funciona em indivíduos que têm pouca ou nenhuma resposta à vacina de primeira geração. “Tão eficaz, que não pode ser ignorada.”

Saiba mais: Spiking the Particle

Mutações que protegem o cérebro da ELA

  Mutações que protegem o cérebro da ELA

31.03.22

Mutações em mais de 25 genes aumentam o risco de desenvolver esclerose lateral amiotrófica (ELA). Agora, uma equipe de pesquisa liderada pelo Prof. Eran Hornstein no Departamento de Neurociência Molecular e Genética Molecular, identificou um novo gene que parece desempenhar um papel defensivo na doença.

O avanço foi obtido após analisar os genomas de mais de 6.000 pacientes com ELA e de mais de 70.000 pessoas que não têm a doença. Os cientistas concluíram que as mutações recém-identificadas reduzem o risco de desenvolver ELA em quase cinco vezes. Para confirmar as descobertas, os pesquisadores usaram a tecnologia de edição de genes para introduzir as mutações protetoras em células-tronco de pacientes com ELA. O gene está localizado na parte do genoma, uma vez chamado de “DNA lixo”,  e que agora se sabe que serve para determinar se outros genes serão “ligados ou desligados” para gerar proteínas.

Publicado na Nature Neuroscience, estudos futuros podem verificar se a modulação desse caminho pode ter um efeito positivo nos pacientes.

A pesquisa teve apoio do Weizmann-Brazil Center for Neurodegeneration Research.

Saiba mais: Mutations in Noncoding DNA Protect the Brain from ALS

Eles têm uma outra explicação da origem da vida

 Eles têm uma outra explicação da origem da vida

03.02.2022

Quando e como se originou a vida, não é uma questão totalmente resolvida pela ciência! Os pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências, Amit Kahana, Svetlana Maslov e o Prof. Doron Lancet (e-d). nadam contra a corrente ao divulgar evidências abrangentes de que a vida pode ter se originado em partículas lipídicas. Atualmente, a principal hipótese dentro da comunidade científica é que a vida foi desenvolvida a partir de moléculas de RNA.

O Prof Lancet já tinha desenvolvido o modelo, mas até agora, era  uma teoria em busca de apoio experimental. Eles apresentam pela primeira vez, um compêndio convincente de dados experimentais que apoia o novo modelo da origem da vida.

“Formas de vida que se originam em diferentes planetas provavelmente serão muito diversas”, diz Lancet,“mas acreditamos que começos mais humildes, exemplificados por micelas, podem ser comuns à vida em muitos locais em nosso sistema solar”.  Agora, resta esperar o nascimento de um consenso dentro da comunidade científica.

 

Saiba mais: The Primordial Soap

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