Caio Marco Bego

caio

Bolsista de 2008

Ciências Moleculares, Universidade de São Paulo

O programa inteiro foi muito bem organizado. Sempre que houvesse necessidade havia alguém que nos pudesse auxiliar, academicamente ou não. Durante as viagens, estávamos acompanhados durante todo o tempo, e pudemos visitar todos os lugares de forma segura.

Aprendi muito durante o projeto, tanto em termos científicos como culturais. Fui muito bem instruído pelo meu mentor durante o projeto e, mesmo este sendo completamente teórico, visitamos um laboratório do instituto que trabalhava com computadores quânticos. As viagens foram todas muito prazerosas e também durante elas aprendíamos, ou sobre a cultura israelense, ou sobre a fauna e a flora locais.

Não só pude participar de um projeto de pesquisa interessante por um mês em um dos institutos mais renomados do mundo, como fiz amizades que levarei para sempre. Com certeza, a viagem para o Weizmann é uma das experiências que mudaram minha vida”.

O programa do Instituto Weizmann me enriqueceu de diversas formas, e vai deixar muitas saudades. Durante o mês em que o programa durou, não só pude participar da construção de conhecimento em um projeto pioneiro, mas também fiz muitas amizades. Posso dizer que a bagagem cultural com que voltei ao Brasil é inúmeras vezes mais pesada do que quando embarquei para Israel.

Ainda tenho nítidos na memória muitos momentos, e acredito que assim permanecerão mesmo com o passar das décadas. Não há como esquecer a vista da cidade velha de Jerusalém, com igrejas, mesquitas e sinagogas que podem ser registradas em uma única fotografia. O mesmo para os 72 participantes boiando nas águas salgadas do mar morto, observando as montanhas da Jordânia no horizonte, e a noite em que dormimos a céu aberto no deserto da Judéia.

A maior parte das bolsas para estudar no exterior são destinadas a pesquisadores da pós-graduação. Ainda estou na graduação, ainda não sou cientista e se não bastasse sou calouro na faculdade. Agradeço sinceramente aos amigos do Instituto Weizmann pela raríssima oportunidade. O mais interessante da experiência como um todo foi que, enquanto o projeto no laboratório confirmava minha vontade de seguir uma carreira acadêmica, aprendia muito sobre Israel e a cultura hebraica nas viagens de final de semana, o que foi simplesmente fantástico. Realmente espero que o programa continue por muitos anos para que outros também tenham o privilégio de vivenciar grande parte do que nós, os três participantes Brasileiros de 2008, vimos, sentimos e aprendemos.”