Escola de verão

Gabriel Schutz de Souza

Bolsista de 2016

“Tive a oportunidade única de fazer um estágio de verão em um dos mais renomados centros de pesquisa do mundo. A rotina de desenvolvimento no laboratório do departamento de Matemática e Ciência da Computação geralmente inicia com uma orientação com a mentora, para rever o que já foi obtido, tirar dúvidas sobre os métodos e definir os objetivos do dia. Meu projeto buscou desenvolver um software de reconhecimento de automóveis, algo indispensável para o desenvolvimento de carros autônomos, usando visão computacional e machine learning. Nas primeiras etapas da pesquisa foi estudada a teoria e implementado o algoritmo de um classificador simples, baseado em Support Vector Machine (SVM). A partir disso, implementamos diferentes algoritmos e metodologias de classificação a fim de aperfeiçoa-lo, encontrando assim a configuração mais eficiente.

Além disso, presenciamos o momento de refletir sobre o que é ética – de diferentes pontos de vista Assistimos a uma palestra que tratou da consciência indispensável na utilização de animais na pesquisa cientifica. Foi muito gratificante poder conhecer mais do procedimento de julgamento utilizado no Comitê de revisão cientifica do instituto. A frase de reflexão utilizada na abertura desta incrível palestra foi: “Em outras palavras, o que torna a ética tão complexa – as tantas opiniões diferentes – também a torna relevante.”

A cerimônia de encerramento foi em clima de despedida. Primeiro alguns bolsistas tocaram uma canção composta por eles e o restante acompanhou cantando, seguido de uma apresentação mostrando cada um dos 80 bolsistas. Logo recebemos as camisetas, o yearbook e o certificado, e então passamos para as apresentações. Até então só tínhamos apresentado nossos projetos pra quem era da mesma área, mas as melhores apresentações foram escolhidas para apresentar a todos na cerimônia de encerramento. Fui surpreendido com meu nome sendo chamado para melhor apresentação do departamento de Matemática e Ciência da Computação com o projeto Classificador de Carros usando Visão Computacional e Aprendizagem de Máquina. Fiquei muito feliz com o resultado e foi muito prazeroso poder explicar o projeto e mostrar o que havíamos desenvolvido naquelas semanas aos colegas de outras áreas.


Interesse pela ciência:

“Desde pequeno queria ser cientista ou astronauta, e a curiosidade por saber como as coisas funcionavam me levava a desmontá-las para tentar entender um pouco mais. Uma grande influência e inspiração para mim foi Carl Sagan, cujos livros instigaram ainda mais minha curiosidade e admiração pelo cosmos.   Mais tarde, essa curiosidade me fez escolher seguir o Curso Técnico de Eletrônica na Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, onde fui encorajado a desenvolver projetos de pesquisa, pondo em prática o método científico. Um desses projetos foi o Colete de Comunicação Háptica para Surdocegos e Deficientes Visuais, com o qual participei da 30ª MOSTRATEC, sendo premiado com bolsa de estudos, credenciamento para feiras internacionais e participação da cerimônia de entrega do Prêmio Nobel de Física 2016.

Nayara Martins Orsi

Bolsista de 2014

Oceanografia na  Universidade Federal de Santa Catarina, estagiando no Laboratório de Ficologia da UFSC onde trabalha na área biotecnológica de cultivo de Chorella sp. É coordenadora regional da Associação Brasileira de Incentivo a Ciência e presidente da Tétis – Empresa Júnior de Oceanografia da UFSC.

Depoimento:

“Sabe aquela história de coincidências? Então, eu decidi cursar oceanografia através de uma experiência tida no ensino médio com uma pesquisa envolvendo fitoplânctons, pesquisa essa que me ajudou a encontrar o Instituto Weizmann. Logo ao entrar na faculdade, naquela loucura de vida de caloura, recebi a incrível notícia que tinha sido selecionada para ir para Israel, um dos países mais respeitados do mundo no ramo de cultivo de algas. No Weizmann pude trabalhar com a fascinante Emiliania huxleyi no Assaf Vardi´s Lab, local no qual pude aprender o que é realmente trabalhar em equipe, podendo experimentar um pouquinho do que é a rotina de um pesquisador, o que me fez admirar ainda mais este trabalho. Em uma das viagens pelo deserto também pude conhecer uma espécie de fazenda onde se cultivava a Haematococcus pluvialis, alga essa que também já tinha me chamado a atenção nas aulas de Botânica aqui no Brasil. A minha experiência no Weizmann contribuiu para aflorar ainda mais a minha curiosidade e paixão pelo mundo da ficologia, por isso serei eternamente grata por esta oportunidade, pois ser uma ISSI Alumni é um dos maiores orgulhos da minha vida”.

Kawoana Vianna

Bolsista de 2013

Medicina na UFRGS

Fundou e lidera o Cientista Beta, uma iniciativa que quer aproximar os jovens da ciência.

É bolsista da Fundação Estudar e embaixadora-mentora do CHOICE, a maior rede de universitários engajados em Negócios de Impacto Social. “Meu propósito é causar um impacto positivo no Brasil e por isso utilizo as oportunidades que recebo da melhor forma possível.

Depoimento:

“O projeto que realizei no Weizmann: tentar entender o cérebro humano.

Quando enxergamos o rosto de uma pessoa conhecida, mesmo que ele esteja de cabeça para baixo, conseguimos reconhecer a pessoa. Isso ocorre porque nosso cérebro consegue transferir seu aprendizado e se adaptar a novas situações. Com essa pesquisa, nós estávamos treinando o cérebro dos voluntários para ver uma imagem num ponto fixo de uma tela, quanto mais eles viam a imagem, mais rápido a reconheciam. Depois a gente trocava a imagem de lugar e avaliava se eles conseguiam manter seu melhor tempo, se isso ocorresse, significava que o aprendizado havia sido “transferido”. Por ser uma pesquisa de base, ainda não é claro quais seriam as possíveis aplicações desse conhecimento, mas o que eu garanto é que a neurociência é fascinante!”

Bruna Favoretto

Bolsista de 2013

Engenharia aeronáutica na USP. Depois que voltou de Israel, deu continuidade à sua iniciação científica sobre dinâmica dos fluidos. Atualmente na França, faz o programa de Duplo Diploma na Ecole Centrale de Paris.

Projeto no Instituto Weizmann de Ciências:

Propriedades eletrônicas de nanotubos inorgânicos, desenvolvida no departamento de materiais e interfaces, sob responsabilidade de Roi Levi. O objetivo desse projeto era construir uma amostra com nanotubos inorgânicos e após realizar alguns experimentos a fim de observar seu comportamento eletrônico, além de determinar possíveis aplicações.

Evandro Surjam

Bolsista de 2012

Cursa o quinto ano de Engenharia Aeronáutica na USP, acabou de voltar do programa Ciência sem fronteiras.
Depoimento:

“Ir ao Weizmann no começo da minha vida acadêmica foi simplesmente sensacional! Bixo, recém chegado do cursinho, ainda era incerto o que esperar e como levar adiante a graduação e futuramente uma vida profissional e Israel abriu meus olhos para a importância do desenvolvimento científico e tecnológico para uma nação. Passar por uma instituição onde a pesquisa é tão valorizada como no Weizmann me fez refletir sobre como desbravar as novas fronteiras do conhecimento, até mesmo dentro da Engenharia. Foi uma das melhores experiências da minha vida. Aprendi muito, conheci muita gente e vivenciei momentos maravilhosos. Sou muito grato ao Weizmann por tudo isso.”

 

Caroline Luísa Quiles

Bolsista de 2012

Biomédica, mestra em Psiquiatria e Ciências do Comportamento pela UFRGS e atualmente doutoranda em Fisiologia IB/USP e integrante do DDARK LAB.

Depoimento:

“Quando fui contemplada com a bolsa de Verão, eu era uma aluna iniciando o curso de Biomedicina na UFRGS. Depois, já formada , fui selecionada em segundo lugar no mestrado onde fiz pesquisa no Laboratório de Cronobiologia e Sono do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA, trabalhando com a influência da iluminação nos ritmos biológicos e no comportamento, em modelo animal. Realizei varias publicações como autora e coautora, e não demorei em ter meu primeiro artigo internacional como primeira autora.”

Tamara Gedankien

Bolsista de 2011

Formada em Engenharia Biomédica pelo Illinois Institute of Technology, Tamara mora nos Estados Unidos há quase 5 anos. Durante a faculdade, ela se dedicou a pesquisa biomédica, trabalhando em laboratorios no Pritker Institute of Biomedical Science and Engineering e no National Institutes of Health. Atualmente, Tamara trabalha como pesquisadora para os departamentos de Neurologia do Beth Israel Deaconess Medical Center e do Boston Children’s Hospital, dois dos hospitais afiliados a Harvard Medical School.

Projeto no Instituto Weizmann de Ciências:
Tamara fez pesquisa na área de neurobiologia do desenvolvimento no laboratório do Dr. Oren Schuldiner. Seu projeto investigou o mecanismo neuronal conhecido como “poda axonal”, em que partes de um axônio são removidas e regeneradas para formar as conexões corretas e finais do cérebro. A investigação foi realizada por meio de experimentos genéticos com a mosca Drosophila melanogaster.

Tamara Gedankien em Harvard

Ana Clara Cassanti

Bolsista de 2011

Engenharia Ambiental na Universidade Estadual Paulista (UNESP) realiza pesquisa na área de educação ambiental e possuei uma ONG (ABRIC) com atuação em todo o país que tem como objetivo o incentivo da ciência jovem.

Depoimento:

“Foi uma experiência única, pois além de poder fazer parte de um laboratório de pesquisa incrível com pesquisadores únicos, pude conhecer culturas e pessoas diferentes que foram de extrema importância em minha formação.” 

Projeto no Instituto Weizmann de Ciências:

Realização de células solares com banho químico com aplicação de óxido de zinco.

Luciano Menasce Rosset

Bolsista 2011

Engenharia Mecatrônica na USP e programa de Duplo Diploma na Universidade Técnica de Munique

Depoimento:

“As semanas que passei no Instituto Weizmann me abriram os olhos para as possibilidades da pesquisa. Desde então tenho procurado seguir em uma carreira de pesquisa e desenvolvimento.”

Ana Ciconelle

Bolsista de 2010

Ciências Moleculares, Universidade de São Paulo

Focou seus estudos em Bioestatística, estagiando no Department of Bioestatistics and Computational Biology do Dana-Farber Cancer Institute em Boston.

Faz mestrado em Bioinformática na Universidade de São Paulo.

Depoimento:

“A experiência adquirida no ISSI foi essencial para a escolha da minha carreira atual. No Weizmann Institute meu projeto foi desenvolvido no laboratório de neurologia, mas, para a minha surpresa, trabalhei com matemáticos e estatísticos, o que me mostrou a importância da mistura das áreas da ciência.”