Quem já fez

Gean de Oliveira da Silva

Bolsistas 2018 – Gean de Oliveira da Silva

De Araponga – PR, no começo do ensino médio, perante um debate durante uma aula de
biologia, formulou um projeto que pudesse impactar em uma das áreas favoritas dele, o meio ambiente.

Está desenvolvendo e aprimorando um material biodegradável, que leva em sua composição a fibra de bananeira, que é uma matéria-prima tratada como resíduo das plantações de banana. O intuito é aplicar o biopolímero formulado como uma alternativa sustentável em relação ao uso de plásticos convencionais, que causam transtornos para o meio ambiente.

“Essa foi a melhor oportunidade que já tive na minha vida. Foi muito impactante trabalhar em um laboratório com mentores e cientistas profissionais, conhecer a cultura local e os pontos turísticos de Israel, além de fazer amigos de todas as partes do mundo”

Luiza Elias Coutinho

Bolsista 2018 – Luiza Elias Coutinho

De Belo Horizonte – MG, cursa biologia na Universidade Federal de Minas Gerais.

Em 2015, ganhou uma bolsa de Iniciação Científica Júnior no Núcleo de Neurociências da UFMG e participou de um projeto com foco na avaliação de mudanças no comportamento motor de larvas de zebra fish. Em 2016, trabalhou no Laboratório de Pesquisa em Virologia Animal da Escola de Veterinária da UFMG e seu projeto teve por finalidade a detecção e identificação do vírus da Língua Azul (BTV) em insetos (Culicoides) coletados no estado de Minas Gerais.

Em 2017, foi selecionada para um curso de três semanas na Universidade de Stanford sobre Biotecnologia e participou de experimentos com nano-biomateriais.

“Eu tinha uma imagem muito errada de Israel e ela foi totalmente modificada durante essa vivência. Fiz amigos do mundo inteiro, pessoas altamente receptivas e com as mesmas metas científicas do que eu. Dentro dos laboratórios do Weizmann conheci um Instituto com tecnologia de  ponta e uma estrutura impecável.  Em Israel o investimento em educação, ciência e tecnologia é feito de uma forma muito certa e leva as pessoas a se
desenvolverem.

Daniel Burghart

Bolsista 2017

Engenharia da Computação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS)

Idealizou um sistema composto de um medidor portátil e wireless de consumo de energia elétrica, e um aplicativo para Smartphones que apresenta esses dados coletados em reais (R$). “Existe uma grande barreira entre as pessoas quererem economizar energia em casa, e as que efetivamente conseguem fazer essa economia, que é a desinformação em relação a quais equipamentos tem maior impacto na conta de luz”. “Reduzir o consumo de energia é bom para as pessoas, os governos e o meio ambiente”

Hoje Daniel tem 20 anos, está na faculdade, mas o fascínio pela tecnologia é algo de longa data. Formou-se como Técnico em Eletrônica na Fundação Liberato – escola de ensino médio-técnico no Rio Grande do Sul, onde desde cedo os alunos são incentivados à pesquisa – e agora cursa Engenharia da Computação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Espero num futuro não tão distante, ter um impacto positivo nas vidas do maior número de pessoas possível – fazer algo bom para o mundo. E, a essa altura, já não tenho dúvidas de que a ciência pode, e é, o instrumento a ser usado nessa busca”.

Luiz Fernando da Silva Borges

Bolsista 2017

Curso Técnico Integrado em Informática no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul

Foi laureado com mais de 50 prêmios em feiras de ciências e engenharia nacionais e internacionais.

Luiz Fernando foi o primeiro e único brasileiro a receber os prêmios de primeiro lugar e melhor da categoria, em Engenharia Biomédica, na maior feira de ciências e engenharia do mundo: a Intel International Science and Engineering Fair (Intel ISEF).  Além disso, recebeu também o prêmio concedido pelo MIT Lincoln Laboratory, por meio do programa Ceres Connection, tendo seu nome submetido para a International Astronomical Union (IAU), para ter um asteroide próximo do Planeta Terra batizado com seu nome.

Este ano pretende iniciar o processo de candidatura para universidades dos EUA, para estudar engenharia biomédica e neurociência focando o seu interesse nas interfaces cérebro-máquina e cérebro-cérebro aplicado à reabilitação humana e compartilhamento de memórias.

Membro do Núcleo de Atividades em Altas Habilidades/Superdotação de Campo Grande – MS e da Sociedade Brasileira de Computação, nos últimos 3 anos vem desenvolvendo pesquisas e tecnologias na área de Engenharia Biomédica com: modelagem estatística de processos termodinâmicos para amplificação de DNA; próteses robóticas de membro superior com feedback tátil; dispositivos de monitoramento do sono para a regulação do ciclo circadiano e interfaces cérebro-máquina de loop fechado embarcadas em sistemas de processamento distribuído para a comunicação com pessoas inicialmente classificadas em estado vegetativo ou coma.

Vinicius Muller Silveira

Bolsista 2017

Engenharia da Computação na Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

Desenvolveu um sistema eletrônico que, acoplado à máquina semeadora, gera mapas que indicam ao agricultor quais zonas estão afetando sua produtividade

“ Quando eu era criança, meus pais não gostavam que eu estragasse brinquedos e eletrônicos desmontando-os, mas a satisfação de ter entendido aquele mecanismo e como ele funcionava fazia valer a pena”. Foi ao entrar no Curso Técnico de Eletrônica, na Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha, Rio Grande do Sul, que Vinicius percebeu que esse espírito se encaixava muito bem na metodologia científica e na pesquisa.

Com 18 anos, já no último ano de curso, definiu como objetivo desenvolver um projeto para resolver um problema real. “O Brasil é um país que possui uma carência muito grande por sistemas eletrônicos na área da agricultura. Com seu projeto, o agricultor pode identificar quais zonas estão afetando sua produtividade, para então, descompactá-las. O sistema também faz a medida do consumo de combustível do trator durante a plantação, resultando numa operação mais eficiente e ecológica. O sistema já foi validado.

“Durante todo o desenvolvimento desse e de outros projetos comecei a perceber o que é ser um cientista: Passar horas, dias e até semanas trabalhando persistentemente em algo, somente para atingir aquele objetivo que eu mesmo tinha estipulado”, diz Vinicius. No Instituto Weizmann, além de um lugar repleto de diferentes culturas, ele espera encontrar cientistas que tenham amor pela pesquisa”.

Eric Grosman Radu Halpern

Bolsista de 2016

Estuda Computer Engineering na Northeastern University.

Desde que cheguei no Weizmann me surpreendi com os diferentes
campos de pesquisa existentes. Meu tema, sistemas complexos do
transporte cooperativo das formigas, no departamento de física, me
surpreendeu muito, tanto pelo fator inovador quanto pela complexidade
por trás de tais sistemas.
O que mais me chamou atenção foi a interdisciplinaridade doprojeto, um trabalho que mistura muitos conceitos da biologia e da fisica, buscando sempre descobrir e entender a natureza, não só nos campos de pesquisa já existentes, mas também criando novas áreas.
Interesse pela ciência:
“Minha vida científica teve início junto com meus anos de ensino médio em 2013. No início do colegial havia na minha escola um projeto que consistia na realização de um trabalho cientifico entre o primeiro e segundo ano. Com pai médico, sempre escutei em casa que essa era década da psiquiatria, que com o avanço da genética a concepção e o tratamento dos transtornos psiquiátricos estava mudando muito rapidamente e muito estava sendo descoberto.

Assim, me interessei muito por uma palestra sobre o papel da genética nas doenças com foco nos transtornos psiquiátricos. Conversei com a palestrante que, um mês mais tarde, virou minha orientadora.

O caminho para escolha do tema foi mais longo. Demorei um pouco para me aprofundar no tema e mais do que isso para escolher exatamente o que fazer. Conforme me aprofundava no assunto e assim pensava, junto com minha orientadora em possibilidades de estudos, percebi que não tinha interesse algum em fazer trabalhos em laboratório. Fiquei inicialmente confuso, principalmente porque na minha concepção não existia outra maneira de estudar Psiquiatria. Foi ai que conheci e me apaixonei por programas de bioinformática e biologia de sistemas, áreas que permitem analisar a biologia a partir de uma lógica de sistemas usando muita matemática e estatística. Eu vi nessa área a oportunidade de estudar o assunto que gosto da maneira que gosto. Vi também a
possibilidade de a partir de uma lógica matemática mostrar e descobrir novos fatores biológicos.

Com todo esse processo, trabalhei e aprendi muito sobre uma área especifica. Tive a oportunidade de descobrir mais e colaborar para uma melhor compreensão do TOC. Muito mais importante do que tudo isso me apaixonei por pesquisar. Hoje ciência é o foco da
minha vida. Se por um lado ainda não tenho certeza do que quero estudar na graduação, é certo que ciência tem que fazer parte de forma prioritária disso”.

Vitoria Muller Gerst

Bolsista de 2016

Estuda Biomedicina na UFRGS.
Desde o início, os dias no Weizmann foram intensos. Intensos de
aprendizado, ciência, cultura e amizade. Antes de vir, ouvi muitas coisas
boas sobre a experiência dos ex-bolsistas, mas não tinha ainda a noção
exata de quão especial seria. O projeto que acompanhei aborda a
investigação da ação de determinado gene de células do sistema
imunológico, o qual tem grande relevância para certas doenças
autoimunes. Em apenas 9 dias de laboratório eu aprendi várias técnicas e passei por laboratórios com infraestrutura incomparável. Sem contar todas as palestras e os encontros com educadores que tivemos ao longo desses dias, abordando diferentes assuntos e deixando uma carga enorme de aprendizado. Meu sentimento é especialmente de gratidão a todas as pessoas envolvidas na realização deste sonho que, para mim, começou depois da MOSTRATEC 2015.

No dia das apresentações tivemos um encontro com o brasileiro Rafael Stern, no Departamento de Meio Ambiente. Ele morava fazia 4 meses em Rehovot e desenvolvia seu PhD no Instituto Weizmann. Na conversa, pudemos ouvir a sua trajetória acadêmica e também compartilhar um pouco do que fizemos até hoje (projetos científicos, cursos e aplicações) e os nossos sonhos para o futuro. Foi muito incentivador saber que um brasileiro como o Rafa, que realizou a graduação no Brasil, no mesmo meio e realidade educacional que seguimos, hoje está trabalhando em um dos maiores institutos de pesquisa do mundo! Penso que todos nós, bolsistas do ISSI 2016, saímos de lá com a esperança de poder trazer nossa experiência para incentivar outros jovens a pensar na ciência como possível profissão e caminho. Assim como ficamos muito orgulhosos de ver
nosso país representado no Instituto Weizmann, esperamos poder, quem sabe, representar, e ver outros representantes brasileiros nos mais diversos polos científicos existentes!

Interesse pela ciência:
“Na escola Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, em Novo Hamburgo, sempre impulsionaram o meu interesse pela ciência. Neste assunto em particular, vi uma foto na bibliografia na qual não acreditei, e fui atrás para ver se era
verdadeira.” A partir de então foi iniciada a sua busca de respostas.”

Rafael Carlos Alves de Lima

Bolsista de 2016

Darmouth e Universidade Hebraica de Jerusalem
“A primeira semana de curso, foi uma semana que quebrou muitos
estereótipos que eu tinha. Em uma palestra sobre Israel, logo no início do programa, o palestrante gastou boa parte da apresentação enfatizando o como o crescimento econômico de Israel nos últimos 30 anos teve relação direta com o massivo investimento científico no país. Enquanto eu me impressionava com a apresentação, o Sul-Coreano ao meu lado concordava e dizia o quão similar era com a história de seu país. Cada dia no Weizmann é uma surpresa nova – além da infra-estrutura de cair o queixo e das complexas pesquisas desenvolvidas no departamento onde estou, a mentalidade das pessoas aqui sobre a importância da ciência é o que me deixou mais animado para acordar cedo todos os dias e ir para o laboratório.

Por três semanas, trabalhei no projeto de pesquisa de PhD de dois
pesquisadores do Weizmann. O projeto consistia em construir novos
microscópios eletrônicos de alta precisão para computação quântica. Para
poder começar a pesquisa, eu precisava antes entender um pouco mais de
física moderna e computação quântica, matérias complexas que muitas
vezes são estudadas só após a graduação, por isso o programa de verão
começou bem antes de eu viajar para Israel, com leitura de vários artigos
e vídeo-aulas.
Dentro do projeto de reconstrução do microscópio, eu e o meu
colega de laboratório construímos um aparelho que, de uma maneira
simplificada, é capaz de receber, analisar e mandar correntes elétricas do
e para o microscópio. Felizmente, conseguimos construir o aparelho que
se mostrou bastante efetivo pelos testes e que será usado na tese de
doutorado dos meus mentores. Além disso, escrevi um artigo científico
sobre o meu projeto e que eu tenho muito orgulho de ter escrito. Esse
tempo aqui tem sido muito transformador e aqui eu estou aprendendo
ainda mais sobre o processo de fazer ciência, desde entender conceitos
teóricos e fazer pesquisa, até a elaboração de um artigo científico que
segue as normas mundiais necessárias.”
Também viajamos pelo deserto de Negav. Ele representa 60% do
estado de Israel, e já que o país já é pequeno, há um grande interesse
nessa região. Por três dias ficamos hospedados na Universidade Ben
Gurion, que estuda apenas o deserto e temas relacionados a ele, como a
agricultura e florestas que Israel se orgulha de ter construído a partir do
zero.

Em uma aula sobre agricultura no deserto, um aluno perguntou com
entusiasmo em quanto tempo o professor achava que demoraria para todo
o deserto sumir e ser populado, uma vez que com toda essa tecnologia
direcionada para região, tal feito talvez fosse possível. Porém, o professor
surpreendeu a todos nós dizendo que não há um interesse em cobrir o
deserto com árvores em plantações, porque as pessoas acham que desertos
são regiões mortas e sem utilidade, principalmente porque não costumam
ser habitados por homens. Os desertos, portanto, têm sua própria fauna e
flora e são assim apenas um ambiente único e cheio de vida. Foi uma
grande oportunidade de refletir sobre o avanço da ciência sem ultrapassar
os limites da natureza.

O interesse pela ciência:

“A minha mãe me ensinou, desde muito cedo, que eu deveria
valorizar a educação que eu recebia, mesmo estudando em escola
pública. As minhas áreas preferidas eram as de ciências naturais e
sempre era indicado para participar da Olimpíada Brasileira de
Matemática das Escolas públicas. Por causa desse meu interesse por
ciências eu fui indicado por professores para o processo seletivo do
Ismart e, sendo aprovado, ganhei uma bolsa para fazer o ensino
médio no Colégio Marista Arquidiocesano de SP, na Vila Mariana.
Esse colégio centenário possui uma infraestrutura muito superior à
escola que eu havia estudado no Ensino Fundamental. Com muitos
laboratórios, equipamentos de primeira linha e professores
engajados a me apoiar em pesquisa, eu iniciei as minhas pesquisas e
ao longo do primeiro ano eu descobri que entre as ciências, a que
eu mais gostava era física. O meu professor orientador, Henrique
Veiga, professor de física e laboratório de colégio, também me
incentivava a participar de olimpíadas de Física, Matemática,
Astronomia e de Foguetes (em que ganhei algumas medalhas e
inclusive viajei para o Rio de Janeiro para participar da Olimpíada
Brasileira de Foguetes MOBFOG e conheci o astronauta brasileiro
Marcos Pontes). Cada atividade que eu participava me deixava cada
vez mais engajado e interessado por ciências e ano passado eu
participei de um programa de liderança para alunos do ensino
médio com alto potencial na universidade de Yale nos EUA no qual
fiz, dentre outras áreas, aulas sobre aquecimento global e a
importância do uso de fontes renováveis de energia.”

André Zular

Bolsista de 1982

Pesquisador Pós Doc
Laboratorio de Rádio-carbono D-REAMS
Centro Kimmel Center de Estudios Arquelógicos
Instituto Weizmann de Ciências

Em 1981 cursava o 2o ano de geologia  na USP e planejava passar o ano seguinte inteiro na Europa e Israel: passeando,  trabalhando, e desenvolvendo  alguma atividade acadêmica. Pelos idos de outubro/novembro de 1981 vi na seção de classificados da revista New Scientist um anúncio do Instituto Weizmann,  promovendo a escola de verão. Em poucas semanas mandei a minha aplicação junto com cartas de recomendação de dois professores.  No início de 1982 embarquei para Itália. Em abril trabalhava numa fazenda na Islândia, quando numa conversa telefônica,  minha mãe deu a notícia que a carta de aceite do Weizmann acabar de chegar. O programa começava em julho com três meses de duração. Larguei o trabalho e tomei o rumo sul.

Era a minha primeira visita a Israel. Do aeroporto fui direto para Rehovot e no dia seguinte começou a summer school. Acredito que eu fui o primeiro brasileiro nesse programa que contava só com americanos e europeus.  Havia um certo fascínio com o Brasil na época e eu era visto com um certo exotismo.

Os meus mentores foram dois: Mordechai Magaritz e Joel Gat. Ambos já trilhavam uma carreira brilhante em geoquímica, com muitos artigos a serem publicados na Science e Nature. Confesso que no início fiquei espantado com o Magaritz. Nunca havia tido contato com uma pessoa tão criativa e inovadora – capaz de tocar vários projetos ao mesmo tempo. Era de um rigor científico notável. Muitas vezes acordava de madrugada para preparar amostras. Não queria correr o risco de algum técnico ou estagiário, cometer algum erro e não reportá-lo. Magaritz  definiu o meu projeto, que envolvia a identificação de três variedades do mineral serpentina utilizando espectrometria de infra-vermelho. Embora esse seja um método não trivial de identificação mineral, obtivemos resultados excelentes que posteriormente fizeram parte de uma publicação. Voltei ao Brasil, me formei e acabei envolvido com trabalho em outras áreas, nos EUA e no Brasil.

Depois de vinte e cinco anos afastado da vida acadêmica, resolvi voltar aos estudos. Segui com um mestrado e doutorado em geologia, com especialidade em cronologia de deposição de sedimentos utilizando o método de luminescência opticamente estimulada. E 35 anos depois do summer program, voltei ao Weizmann, dessa vez como pós-doc no departamento de arqueologia científica. A minha colaboração envolve a datação de camadas arqueológicas de um afloramento no Negev,  que refletem a passagem do homem moderno da África para a Ásia nos últimos 100.000 anos. Além disso, pesquiso também  a proveniência de cerâmicas da idade do bronze,  utilizando mais uma vez métodos não convencionais,  como catodoluminescência e espectrografia Raman.

Finalizando, a passagem pelo Weizmann em 1982 como estagiário foi marcante e despertou a vontade de voltar, para dessa vez trabalhar como pesquisador.

Maria Eduarda Santos de Almeida

Bolsista 2017

Curso Técnico em administração integrado ao ensino médio no IFRS – Campus Osório

Vinda de uma pequena cidade com apenas  sete mil habitantes, seu primeiro projeto de pesquisa foi um material capaz de purificar água produzido a partir de resíduo agroindustrial,   que a credenciou para diversas feiras internacionais.

Aos 14 anos, Maria Eduarda Santos de Almeida mudou-se para poder fazer o curso técnico em administração integrado ao ensino médio no IFRS. Ela realizou um projeto social na escola com agricultores familiares justamente para continuar próxima da realidade do lugar de onde veio. “Observando o problema destas pessoas,  nasceu meu primeiro projeto de pesquisa: um material capaz de purificar água produzido a partir de resíduo agroindustrial.” Através dele, Maria Eduarda participou de várias feiras de ciências, como MOSTRATEC, FEBRACE, I-SWEEEP e Intel ISEF.

A segunda pesquisa, pela qual irá novamente para a Intel ISEF, consiste em estudar uma substância de germinação seletiva que inibe sementes de Pinus elliottii árvore capaz de afetar a biodiversidade. “Fazer pesquisa me proporcionou grandes lições de persistência, resiliência e gratidão. Nada é mais apaixonante para mim do que descobrir e isto me faz sentir cada vez mais amor pelas perguntas! “

Maria Eduarda ouviu falar do Instituto Weizmann de Ciencias pela primeira vez em 2015. “Sonhei com a oportunidade de participar desta instituição com valores de igualdade, movida por curiosidade antes de tudo e sediada em um dos lugares mais inovadores do mundo, que ao mesmo tempo apresenta-se como um dos nossos pilares culturais. Espero acima de tudo me tornar uma pesquisadora melhor e ainda mais apaixonada!”.