Coronavírus

 O mundo agora está olhando para a ciência com expectativa, esperança e confiança de que os pesquisadores encontrarão uma solução para esta crise e ajudarão a prevenir as futuras. No Instituto Weizmann de Ciências, nossos pesquisadores já estão investigando, entre outras coisas, como podem melhorar os testes e diagnósticos e fornecer novas estratégias de prevenção e tratamento, incluindo uma possível vacina. Além disso, em conjunto com o Ministério da Saúde de Israel, os cientistas do Weizmann estão trabalhando para melhorar a capacidade de teste de coronavírus”.

Prof. Alon Chen
Presidente
Instituto Weizmann de Ciências

Leia a mensagem completa em inglês: Message from the President

Toda a informação da COVID -19 do Instituto Weizmann de Ciências

Nir-London

O início foi um Tweet

Foi o tweet do cientista do Weizmann, Dr. Nir London, que iniciou o maior esforço de Ciência Aberta do mundo para desenvolver rapidamente uma pílula anti-covid segura e globalmente acessível.

corona

Abordagem terapêutica inovadora pode trazer nova esperança na batalha contra COVID-19

Em um novo estudo publicado na Nature Microbiology, pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências, juntamente com colaboradores do Instituto Pasteur, França, e do Instituto Nacional de Saúde (NIH), nos EUA, oferecem uma nova abordagem terapêutica para combater o coronavírus.

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Covid-19. Cientistas do Weizmann descobrem uma estratégia de três vias exclusivas do SARS-CoV-2 para tomar o controle

Um novo estudo, publicado na Nature, revela uma estratégia multifacetada que o vírus emprega para garantir sua replicação rápida e eficiente, evitando a detecção pelo sistema imunológico.

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Inoculation Nation – Insights sobre a vacina COVID-19 por especialistas israelenses

No evento transmitido via Zoom (assista a íntegra aqui), o CEO do Instituto Weizmann de Ciências (WIS) para América Latina, Dany Schmit, ressaltou a importância de discutirmos vacinas desenvolvidas em tempo recorde, um triunfo da ciência e da medicina, e que há razões para esperança.

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COVID-19: IA no diagnóstico de pacientes com pulmões infectados

Hospitais, uma equipe multidisciplinar e algoritmo desenvolvido no Weizmann encurtam o caminho para o diagnóstico por raios-X e talvez por ultrassom.

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Onde será a próxima área de propagação do COVID-19?

O Prof. Eran Segal do Instituto Weizmann de Ciências, explica o método pioneiro que monitora, identifica e prevê as zonas de disseminação do coronavírus. São questionários respondidos pela população para acompanhar o desenvolvimento de sintomas causados pelo vírus. Os dados são analisados por algoritmos de Big Data e Inteligência Artificial que permitem a identificação precoce de clusters. O projeto piloto lançado em Israel comprovou sua eficácia. Assista o vídeo em inglês.

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Por que COVID-19 mata, ou não

O Prof. Ido Amit, do Instituto Weizmann de Ciências, determinou o que diferencia o progresso do COVID-19 em pacientes gravemente doentes em oposição àqueles que são apenas levemente afetados. Suas descobertas, publicadas na revista Cell, podem abrir caminho para tratamentos novos e personalizados que previnam ou reduzam significativamente o impacto da doença.

Leia a matéria completa aqui.

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Covid-19: O Quadro da Mente

O Questionário de Sintomas do Novo Coronavírus foi criado de forma pioneira pelos Prof. Eran Segal e Prof. Benny Geiger do Instituto Weizmann de Ciências e já permitiu a identificação de áreas de disseminação rápida do vírus em Israel. Agora ele tem uma nova seção para incluir informações sobre sentimentos e “humor”. Faz parte de um extenso estudo do grupo do Prof. Alon Chen, no campo da pesquisa cerebral, que se concentra em processos envolvidos em estresse, ansiedade e depressão.

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32 dados do Novo Coronavírus

Os cientistas Ron Milo e Yinon Bar-On do Instituto Weizmann, juntamente com pesquisadores de Berkeley, organizaram o excesso de informações sobre o novo coronavírus. Computaram o número de vírus que “nascem” cada vez que se multiplica, o grau de semelhança do genoma com os de outros vírus da mesma família, o tempo que demora para ingressar nas células, e até o número de copias do vírus que acharam nas fezes!. Para os cientistas, esses são dados importantes para o desenvolvimento de vacinas ou medicamentos. Mas para os leigos, são dados interessantes que satisfazem a curiosidade.

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Como evitar a infecção?

Assista ao vídeo em que o cientista do Weizmann relata como cria em laboratório “pseudovirus” que imitam o Coronavirus, mas emitem luz. Com a sua experiência na pesquisa de como os vírus se unem as células, o Dr Ori Avinoam, estuda os primeiros instantes do vírus nas células e usa diferentes moléculas para tentar interferir esse processo e evitar a infecção pelo novo Coronavirus.

Veja o vídeo: Youtube

lockdown

Lockdown intermitente explicado pelos seus criadores do Instituto Weizmann

Modelos matemáticos explicam que seria possível uma saída das recomendações atuais de isolamento físico, com baixo risco de contágio do novo coronavírus, seguindo uma estratégia de lockdown intermitente. Vários ciclos em que, de forma alternada, diferentes grupos de pessoas trabalhem 4 dias e mantenham-se isoladas pelos 10 dias seguintes. Neste vídeo, a proposta de lockdown intermitente é explicada pelos seus criadores, os Professores Uri Alon e Ron Milo do Instituto Weizmann de Ciencias de Israel.

Veja o vídeo: Youtube

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Dr. Ziv Shulman: O resgate pode vir dos pacientes recuperados

Muitas esperanças hoje estão colocadas no plasma, cheio de anticorpos, dos pacientes recuperados de Covid-19. O Weizmann tem um enfoque ainda mais preciso.

A equipe do Dr. Ziv Shulman obteve a sequência genética dos anticorpos, a partir de células imunes de pacientes recuperados. Fabricou a partir deles, anticorpos de laboratório e está testando essas moléculas mais puras que as naturais. “Pode ser útil para tratamento ou para vacina, mas ainda vai levar um ano saber se funciona em humanos” – diz o Dr Ziv Shulman no vídeo.

Veja o vídeo: Youtube

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Weizmann Live Talks 20.04.20
A ciência brasileira atuando no momento Covid-19.

Organizado pelos Amigos do Weizmann do Brasil, a Profa. Regina Pekelmann Markus e o Prof. Luiz Vicente Rizzo participaram do evento virtual em que ofereceram um panorama sobre como a ciência brasileira está atuando nesse momento, da ciência básica ao leito do paciente.

A Profa. Regina é Pesquisadora Sênior e Membro do Conselho Deliberativo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, fundação pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Ela é também professora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e Vice-Presidente dos Amigos do Weizmann Brasil. O Prof. Luiz Vicente Rizzo, médico e ex professor da Universidade de São Paulo, Diretor Superintendente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.

Pontos principiais comentados pelos pesquisadores:

A professora Regina mostrou como funciona hoje no Brasil a estrutura geral dos financiadores da ciência e dos cientistas. Explicou quais são as principais fontes de recursos, tanto a nível federal como estadual, como as do âmbito privado. Explicou as peculiaridades e as diferenças entre os fundos da CAPES, destinados a formação dos cientistas, aos destinados diretamente para a produção científica e inovação como os recursos da CNPq, FINEP, EMBRAPII, FNDCT, Ministério da Saúde e BNDES. A nível estadual, a Profa. Regina colocou em valor as Fundações de amparo a pesquisa estaduais, com destaque ao trabalho que desenvolve a FAPESP, do Estado de São Paulo. E ofereceu alguns exemplos novos e históricos de investimento privado, com ênfase ao trabalho de pesquisa científica que é desenvolvido no Hospital Einstein.

Do esforço do país todo para enfrentar o Covid-19 com a ciência, ela passou para o mundo sub-microscópico das células. Fez um resumo do que se sabe acerca dos mecanismos que utiliza o vírus SARS CoV2 para produzir a infecção, e na sequência a doença Covid-19. E nomeou algumas das moléculas que estão se estudando, como a melatonina, e qual é a lógica e as evidências atrás do conceito. Explicou o que há de mais inovador e complexo, mas de forma fácil para o público leigo.

A participação do Prof. Rizzo destacou a prática médica, de como o Hospital Einstein estava se preparando para a chegada dos casos desde o mês de janeiro, situação que os permitiu receber o primeiro caso no final de fevereiro já com prévias simulações de como lidar com pacientes infectados.

Comentou alguns dos 18 projetos de pesquisa em andamento pela equipe de 30 pesquisadores do hospital- com protocolos comparilhados com outras instituições – e 4 projetos em animais. Salientou que ainda há mais quatro projetos de pesquisa aguardando aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). O Prof. Rizzo exemplificou os altos custos da pesquisa científica com um exemplo esclarecedor: “Cada bolsa de plasma custa 500 dólares”.

As pesquisas do Einstein não envolvem apenas potenciais soluções terapêuticas, como as de hidroxicloroquina ou plasma, e outras focadas nos processos de anti–coagulação e imuno-modulacao. Outras procuram obter melhorias nas técnicas de diagnóstico, e há também três projetos de intervenção em saúde mental para ver quais são os métodos mais eficientes para enfrentar o burn out nos profissionais da saúde que trabalham na UTI, intervenção para pessoas em isolamento e para pacientes internados. Ele fez questão de mencionar o que chamou de “arcabouço de suporte a pesquisa”, comitês de ética, biossegurança, e o biotério, onde há ovelhas e porcos para fazer a validação de ventiladores mecânicos, e o Núcleo de Inteligência, que todos os dias faz o resumo dos novos conhecimentos que se produzem no mundo sobre SARS-CoV2 e a doença covid-19.

Das perguntas mais “urgentes” respondeu que prevê o pico entre os dias 3 e o 20 de maio, e que como a epidemia está migrando a grupos mais pobres e as UTIs públicas já estão ficando lotadas, o maior determinante na sobrevida dos pacientes será a chegada em tempo ao hospital. Relatou problema derivados da testagem, como a variabilidade na qualidade dos swab até a fiabilidade os testes disponíveis no Brasil.

“Os testes são aprovados pela ANVISA, mas não são validados. Dos 12 que testamos, 10 eram inaceitáveis, um deles que foi o escolhido era apenas aceitável. As estratégias de saída do isolamento tem que embutir um erro nos testes de ao menos 30%”’ afirmou. Foi taxativo também ao afirmar “os dados da China não batem com o que aconteceu depois na Europa ou em Nova York, o vírus deve ter surgido provavelmente em setembro e em número maior do que o divulgado” . Definiu o isolamento social como uma situação razoável, e mencionou a cidade de Los Angeles como exemplo de que o isolamento funciona.

Um dos pontos essenciais das apresentações foi a menção que a história teria sido diferente se as pesquisas feitas sobre SARS e MERS não tivessem se descontinuado quando não houve mais casos em humanos. “Mesmo com líderes como Bill Gates e Barack Obama alertando do cenário de uma possível pandemia, isto não foi incorporado como preocupação pelos grandes líderes”- frisou o Prof. Rizzo.

Mario Fleck, presidente dos Amigos do Weizmann Brasil, ressaltou que “a grande saída para recuperar a vida econômica virá da ciência”, a finalizou “hoje aprendemos que se tivéssemos investido na continuidade de uma pesquisa, não teríamos a paralisia de hoje. Não podemos repetir esse erro jamais.”
Assista na íntegra: Youtube

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COVID-19: Será o isolamento intermitente a solução para a crise econômica?

É o que sugerem modelos matemáticos desenvolvidos no Instituto Weizmann de Ciências

Cientistas do Instituto Weizmann apresentam um modelo matemático para uma estratégia de saída: como reiniciar a economia após a crise.

Pense em dieta. Você pode jejuar por dois meses e perder peso, contudo a vida é insustentável em jejum. Mesmo que sobreviva, ganhará peso rapidamente novamente. Da mesma forma, um bloqueio de dois meses suprimirá o Coronavirus, mas matará a economia. O confinamento empurrará centenas de milhões de pessoas em todo o mundo para o desemprego e a pobreza, muitos setores da economia entrarão em colapso. No final de cada confinamento, os infectados restantes causarão um ressurgir da epidemia, forçando um outro bloqueio. Este é o conhecido efeito ioiô, com o número de pacientes com Coronavirus subindo e descendo. Ao mesmo tempo, a economia global será duramente atingida e centenas de milhões passarão fome. Quando a poeira baixar, mais pessoas terão morrido de fome do que do Coronavírus.

O Prof. Uri Alon e seus alunos de pós-graduação Omer Karin e Yael Korem-Kohanim, juntamente com o engenheiro sênior Boaz Dudovich sugerem, com base em um modelo epidemiológico que desenvolveram, uma política que reduz o contágio do novo coronavírus e, ao mesmo tempo, permite atividade econômica sustentável, embora reduzida

O modelo que os cientistas desenvolveram é baseado no bloqueio intermitente: cinco dias de confinamento e dois dias de trabalho por semana. Dessa forma, o número de replicação do vírus, ou seja, o número de pessoas infectadas por cada pessoa contagiada, cai abaixo de um – o número mágico que faz com que a epidemia decline.

Uma estratégia de quatro dias de trabalho/dez dias de isolamento é ainda melhor, permitindo que os infectados no trabalho deixem de se tornar contagiantes em casa. Com cautela, Alon sugere que depois de vários ciclos, o número de pessoas infectadas cairá drasticamente. A epidemia pode ser contida até que sejam desenvolvidos testes suficientes, tratamento eficaz ou uma vacina, o que eliminará a necessidade de isolamento.

O isolamento intermitente pode ser a única opção viável para países que não podem implantar testes suficientes a tempo. Permite que milhões trabalhem dois dias por semana, sustentando setores econômicos importantes. As pessoas estarão ocupadas um 40% do tempo, em vez de estarem completamente desempregadas. Um divisor de águas econômico e psicológico.

Dias de trabalho fixos para todos permitirão que trabalhadores e gestores planejem com antecedência e permaneçam produtivos. “Nossa principal mensagem”, diz Alon, “é abrir a discussão sobre o lockdown e apontar que uma estratégia bem projetada pode suprimir a epidemia e sustentar a economia”.

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Dr. Nir London: a procura da cura em um sistema de ciência aberta

Dr. Nir London, do departamento de Química Orgânica do Instituto Weizmann, explica como o seu laboratório juntamente a outros estão trabalhando e colaborando em um sistema de ciência aberta, sem patentes, onde todos os cientistas doam tempo, reagentes e ideias. Um novo modelo para descoberta de novos medicamentos em que o slogan do Instituto “ciência para o benefício da humanidade” tornou-se mais verdadeiro do que nunca.

Ele relata de forma clara como cientistas de Oxford enviaram para Israel as amostras dos primeiros vírus, que eles estudaram com uma tecnologia desenvolvida no Weizmann até achar os melhores 60 candidatos para virar tratamento. Na sequência, desenharam a partir deles 30 compostos potencialmente melhores e os enviaram para testar com vírus vivos na Alemanha e no Reino Unido . Excelência e colaboração internacional em benefício da humanidade.